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PSOE afunda-se e extrema-direita entra no parlamento da Andaluzia

É uma viragem histórica na Andaluzia mas também em Espanha. Pela primeira vez em 40 anos, os socialistas não têm condições para governar a província. As eleições ficaram marcadas pela entrada de uma formação de extrema-direita no Parlamento.

02 de Dezembro de 2018 às 21:46
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Quando estavam contados 93% dos votos das eleições na província espanhola da Andaluzia, começava a perceber-se o motivo do silêncio dos dirigentes do partido socialista espanhol. Segundo as projecções difundidas pelos vários meios de comunicação social, o PSOE perdeu as condições para governar aquela província, que tem quase o mesmo tamanho que Portugal.

Os deputados eleitos pelos socialistas, somados aos da esquerda radical, Podemos, não chegam para ocupar mais de metade dos lugares do parlamento andaluz - conseguem 50, quando precisariam de 55 -, que assim se arrisca a ser dominado pela direita.

Houve um dado novo que baralhou as contas. Pela primeira vez desde que foi reinstaurada a democracia em Espanha, há 40 anos, a extrema-direita (Vox) entrou no parlamento andaluz, devendo eleger 12 deputados, segundo as projecções citadas pelo El País.

Às 21h30 não era ainda claro que tipo de governo poderia sair destas eleições. Embora a esquerda tenha perdido a maioria, a direita conquistou-a com a ajuda da extrema-direita, com a qual teria de se entender para governar, um cenário inédito e controverso em Espanha.

Estes resultados representam uma viragem histórica numa província que é governada pelo PSOE há 40 anos, ainda que com o apoio parlamentar do Podemos nos últimos anos. Além do significado regional, uma derrota da socialista Susana Díaz, este resultado tem também uma leitura nacional muito relevante, fazendo soar os alertas para Pedro Sánchez que governa o país há pouco tempo, na sequência do derrube do governo do PP (direita conservadora), através de uma moção de censura.

Embora as sondagens tenham dado um reforço das intenções de voto no PSOE desde que assumiu o poder, o desaire eleitoral na Andaluzia obrigará a uma reflexão de Pedro Sánchez, que terá de pensar duas vezes antes de provocar eleições antecipadas.
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