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Primeiro discurso do novo líder dos trabalhistas centra-se em críticas ao Governo de Cameron

Jeremy Corbyn é desde sábado o novo líder do Partido dos Trabalhistas no Reino Unido. Corbyn escolheu a nova lei que limita o direito à greve e as políticas de austeridade para inaugurar o seu primeiro discurso enquanto líder do partido da oposição.

Chris Ratcliffe/Bloomberg
15 de Setembro de 2015 às 18:07
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Jeremy Corbyn prometeu esta terça-feira, 15 de Setembro, lutar contra a nova legislação do governo conservador britânico que limita o direito à greve. A lei foi aprovada com 317 votos a favor e 284 contra e ainda precisa de ser aprovada em terceira leitura e passar pela Câmara dos Lordes antes de ser oficialmente adoptada.

 

Durante o seu primeiro discurso público enquanto líder do principal partido da oposição do governo britânico, Jeremy Corbyn acusou o governo conservador de "declarar guerra ao trabalho organizado", de "atacar os sindicatos" e limitar o seu poder.

O recentemente eleito líder do partido é um dos elementos mais de ala esquerda dos trabalhistas, e prometeu lutar contra as políticas de austeridade e aproximar o partido das suas raízes socialistas, reforçando os laços com os movimentos sindicais.

Eleito no sábado, dia 12 de Setembro, Jeremy conseguiu uma votação superior àquela que Tony Blair obteve em 1994 e desde então já muito se tem escrito sobre o líder dos trabalhistas.

Nas diferenças entre Cameron e Corbyn está a posição face a uma possível saída da União Europeia, que o actual primeiro-ministro britânico quer referendar em 2017, ao passo que o partido trabalhista reiterou esta terça-feira não apoiar qualquer negociação para a continuação do Reino Unido na UE.

Angela Eagle, responsável pela pasta do Comércio no Partido Trabalhista, criticou o "ataque ideológico e partidário dos conservadores contra os sindicatos, quando nas últimas duas décadas o número de dias de greve caiu em 90%", sublinha.

Corbyn acusou ainda o governo de James Cameron de "negar a pobreza" e prometeu que se iria opor à reforma à assistência social, garantindo que não iria alinhar com os planos de Iain Duncan Smith, ministro britânico do Trabalho e das Pensões.

"Eles [os membros do Partido Conservador] dizem que negamos o défice, gastam milhares de milhões a cortar impostos às famílias mais ricas e aos negócios mais lucrativos. Eles negam a pobreza", acusou Corbyn.

O líder do partido trabalhista acusou o governo britânico de estar a ignorar as filas nos bancos alimentares e a crise imobiliária. Para Corbyn, "a austeridade é uma escolha política que este governo está a tomar e a impor à camada mais vulnerável e pobre da sociedade".

Para o Partido Trabalhista, a solução passa por controlar as rendas e aumentar os salários, não por empobrecer as famílias ou filtrar socialmente as comunidades, cita o Guardian.

Desde a sua eleição no último sábado, Corbyn já ganhou mais de 30 mil novos membros no partido.

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