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Primárias do PSOE deverão ter lugar a 21 de Maio

O Comité Federal do PSOE reúne-se no próximo sábado para agendar a data das primárias socialistas mas o El País adianta que o dia escolhido será 21 de Maio. Numa corrida a três, a disputa deverá decidir-se entre Pedro Sánchez e Susana Díaz.

Reuters
27 de Março de 2017 às 17:30
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O El País noticia esta segunda-feira, 27 de Março, que as primárias do PSOE deverão realizar-se no próximo dia 21 de Maio. Esta data não é ainda oficial, mas aquele diário espanhol garante que o Comité Federal socialista – órgão máximo entre congressos - vai agendar as primárias do partido para 21 de Maio e o congresso para os dias 17 e 18 de Junho.

 

Entre os dias 17 e 30 de Abril os candidatos a secretário-geral do PSOE deverão recolher as assinaturas obrigatórias, devendo a campanha eleitoral interna decorrer entre 8 e 19 de Maio. Foram estas as datas, acrescenta o El País, contempladas pela direcção interina do partido no encontro que se realizou esta segunda-feira. Tal como já se verificou nas últimas primárias, também nestas serão realizados debates entre os candidatos.

 

Promete ser uma campanha dura e uma eleição renhida dado o momento conturbado que o PSOE vive depois de, nas duas últimas eleições gerais (20 de Dezembro de 2015 e 26 de Junho de 2016), o partido ter registado os piores resultados desde a transição democrática espanhola.

 

Salvo alguma surpresa de última hora, serão três os aspirantes a futuro líder dos socialistas espanhóis. Aos já confirmados Patxi López, ex-presidente do Governo autonómico do País Basco e presidente do Parlamento espanhol no período que mediou as duas últimas legislativas, e Pedro Sánchez, ex-secretário-geral do partido, juntou-se este domingo Susana Díaz, presidente do Governo regional da Andaluzia, a região mais populosa de Espanha e principal esteio do PSOE.  

 

No entanto a corrida deverá decidir-se entre Sánchez e Díaz, entre as distintas visões que, pese embora a líder da Andaluzia ter apoiado Sánchez nas última primárias, cada um apresenta para o futuro do partido e do centro-esquerda espanhol. Enquanto Pedro Sánchez defende uma aproximação à extrema-esquerda (Podemos) como alternativa necessária para retirar o PP de Mariano Rajoy do poder, Susana Díaz rejeita qualquer espécie de geringonça à espanhola.  

 

Estas duas visões já estiveram em confronto no Comité Federal do partido de Outubro último, que acabou com a demissão de Pedro Sánchez por não ver apoiada a sua intenção de manter o veto a um novo Governo de Rajoy e de insistir num acordo com o Podemos. Foi neste encontro que os socialistas decidiram viabilizar a formação de um novo Executivo chefiado por Rajoy.

 

Em oposição estão também as chamadas bases do PSOE e a sua elite. Sánchez tem nos militantes de base a sua principal força enquanto Susana Díaz é apoiada pelos barões do partido, entre os quais os últimos secretários-gerais, Felipe González, José Luís Rodríguez Zapatero e Alfredo Pérez Rubalcaba, que este domingo estiveram ao lado da líder andaluza na oficialização da há muito esperada candidatura à liderança do partido. O objectivo anunciado pela "baronesa" socialista passa por "unir o partido".

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