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Portugal no lote de quatro países da UE sem extrema-direita no Parlamento

Com o Vox no Parlamento de Espanha - um dos países com maior peso da UE – a extrema-direita europeia já está presente na quase totalidade dos parlamentos nacionais dos Estados-membros da UE e ganha força a menos de um mês das eleições para o Parlamento Europeu, de 23 a 26 de maio.

O Vox elegeu 24 deputados Reuters
28 de Abril de 2019 às 23:53
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A entrada do Vox no Parlamento espanhol, resultado das eleições de hoje, faz com que Portugal, Irlanda, Luxemburgo e Malta sejam os únicos países da União Europeia (UE) para já imunes à extrema-direita.

Os resultados, quando estão escrutinados 94,21% dos votos, mostram que o Vox obteve 24 lugares, correspondentes aos 2,5 milhões de votos que conseguiu, ou seja a preferência de 10,2% dos eleitores, transformando-se na quinta força política em Espanha depois destas eleições gerais.

 

O PSOE (socialista), de acordo com estes dados ainda provisórios, ganhou as eleições e elege 122 deputados (28,8% dos votos) no Congresso dos Deputados, o PP (Partido Popular, direita) 65 (16,7%), o Cidadãos 57 (15,8%) e o Unidas Podemos (extrema-esquerda) 42(14,3%).

 

Com o Vox no Parlamento de Espanha - um dos países com maior peso da UE – a extrema-direita europeia já está presente na quase totalidade dos parlamentos nacionais dos Estados-membros da UE e ganha força a menos de um mês das eleições para o Parlamento Europeu, de 23 a 26 de maio.

 

Os partidos sob a denominação de extrema-direita são muito heterogéneos, incluindo populistas, nacionalistas, ultraconservadores e até neonazis, e cresceram nos países da UE a partir da combinação da crise económica, as migrações, o descrédito na política e a desconfiança nas instituições.

 

Sozinhos ou em coligação, partidos de extrema-direita não só entraram na grande maioria dos Parlamentos nacionais como conseguiram subir ao poder em nove países europeus.

Partidos considerados de extrema-direita governam sozinhos na Polónia, Hungria e República Checa e em coligação em Itália, Áustria, Finlândia, Letónia, Eslováquia e Bulgária.

 

Além disso, na Dinamarca, o Partido do Povo Dinamarquês dá apoio pontual ao partido do Governo e em França o partido de Marine de Pen ganha terreno.

 

A progressão destas forças políticas faz com que a aliança de partidos nacionalistas lançada pelo vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, possa vir a ter 80 eurodeputados e tornar-se a terceira força política no Parlamento Europeu, segundo contas baseadas numa projeção europeia divulgada em meados de abril em Bruxelas.

 

Salvini, líder da Liga, anunciou uma união de esforços de partidos nacionalistas após as eleições europeias de 23 a 26 de maio, com o objetivo de juntar num único grupo político do Parlamento Europeu (PE), a Europa das Nações e das Liberdades (ENF), partidos que atualmente estão noutros grupos ou em grupo nenhum.

 

Partindo da projeção divulgada pelo Parlamento Europeu, que se baseia em sondagens nacionais, e somando os eurodeputados que os partidos envolvidos podem eleger, a conclusão é que o novo ENF pode chegar aos 80 eurodeputados.

 

Um tal número faria do grupo a terceira maior força política no próximo PE, depois do Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita), que deverá integrar 180 eurodeputados, e dos Socialistas & Democratas (S&D), com 149.

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