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"Plano B" da União Europeia pode excluir Polónia e Hungria da bazuca contra a covid

A opção foi admitida esta quinta-feira por Manfred Weber, o líder do Partido Popular Europeu.

Presidente do Parlamento Europeu durante 2,5 anos: Manfred Weber
Reuters
03 de Dezembro de 2020 às 11:17
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A União Europeia tem o direito de procurar um "plano B" para resolver o impasse com os fundos de emergência europeus que a Polónia e a Hungria estão a bloquear, sendo que a solução poderá passar por excluir estes países do acesso à denominada bazuca europeia de 1,8 biliões de euros.

 

A opção foi admitida esta quinta-feira por Manfred Weber, o líder do Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita). "Se eles não respeitam as regras do nosso jogo ao nível da União Europeia, então avançamos sem eles", disse o alemão numa entrevista à Bloomberg TV. A Hungria e a Polónia "têm de ter consciência que isto pode ser um grande problema para os seus países", alertou o presidente do PPE.

 

A Hungria e a Polónia, com o apoio da Eslovénia, estão a bloquear a aprovação do próximo quadro financeiro plurianual, bem como o fundo de recuperação da UE, por não concordarem com o mecanismo do Estado de direito, que faz depender o acesso a dinheiros europeus ao respeito pelas regras democráticas.

 

Esta visão de Manfred Weber contrasta com a posição assumida pela maioria dos responsáveis europeus. Após uma reunião com o presidente do Parlamento Europeu David Sassoli esta quarta-feira, António Costa afirmou que o impasse com a aprovação da bazuca europeia tinha de ser resolvido já na cimeira europeia de 10 e 11 de dezembro e que não havia plano B.

 

"Todos depositamos muita confiança na presidência alemã [do Conselho da UE] para poder concluir já na próxima reunião do Conselho o processo de aprovação do próximo QFP e do programa de recuperação e resiliência", disse Costa.

 

Hungria e Polónia não puderam impedir a aprovação daquele mecanismo, mas podem travar o aumento dos recursos próprios da UE necessário para que a Comissão Europeia vá ao mercado buscar os 750 mil milhões de euros que vão integrar o fundo de recuperação, inviabilizando assim o próximo orçamento que tem de ser aprovado por unanimidade.

 

 

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