Notícia
Itália combate evasão com reembolso até 3 mil euros das compras com cartão
Numa altura em que precisa de travar a quebra de receitas devido à crise pandémica, Itália vai devolver 10%, até 3 mil euros por ano, do valor das compras feitas com cartão de débito ou crédito. Para conter a pandemia, as autoridades transalpinas prolongaram hoje o estado de emergência ate 31 de janeiro de 2021 e o uso obrigatório de máscara, inclusive ao ar livre.
O chamado "cashback di Stato" entra em vigor no próximo dia 1 de dezembro e representa um passo adicional do governo italiano na luta contra a fuga ao fisco e a economia paralela que, em Itália, mantém um peso elevado na economia – segundo estimativas citadas pela Bloomberg, a economia informal em Itália vale cerca de 12% do produto interno bruto (PIB) do país.
Depois de, em julho, o executivo liderado por Giuseppe Conte ter definido como limite para pagamentos em dinheiro uma fasquia de 2 mil euros (que cairá para mil euros em janeiro de 2022), agora surge este novo instrumento que consiste num reembolso de 10% das despesas feitas com cartão de crédito ou débito, assim como com pagamentos feitos através do multibanco ou das aplicações bancárias online.
O limite de 10% aplica-se até uma despesa anual máxima de 3 mil euros ou de 1.500 euros por semestre. Ou seja, quem atingir o máximo de despesas de 3 mil euros durante 12 meses receberá um reembolso de 300 euros.
Será ainda definido um número mínimo de operações para aceder ao reembolso, uma forma de incentivar a utilização de cartão inclusivamente nas compras de menor valor. Outro incentivo para que os contribuintes italianos se candidatem ao reembolso diz respeito ao sorteio de prémios num valor global que ascende a 300 milhões de euros.
De acordo com a imprensa transalpina, este incentivo ao recurso a métodos de pagamento eletrónico deverá permanecer em vigor pelo menos até 2022.
Persistem, porém, dúvidas quanto à efetividade desta medida, sobretudo tendo em conta que não é obrigatória e que visa resolver um problema endémico. Durante a crise das dívidas soberanas, o então primeiro-ministro italiano, Mario Monti, também limitou a mil euros os pagamentos em dinheiro, uma medida tão criticada que levou Matteo Renzi, seu sucessor, a deixar a medida pouco após chegar à liderança do governo.
Uso obrigatório de máscara e emergência até 31 de janeiro
Ante o crescimento de novos casos de covid-19, que em países como a Alemanha ou Espanha ultrapassam já os números registados no até aqui pior mês da crise sanitária (abril), e ainda que em Itália, desta feita, a situação esteja sob maior controlo, o parlamento decidiu reforçar as medidas restritivas.
Na manhã desta quarta-feira, a câmara baixa do Parlamento transalpino aprovou, com 253 a favor e apenas 3 contra (os partidos da oposição não votaram), uma resolução que recomenda ao governo de aliança entre o Movimento 5 Estrelas (anti-sistema) eo PD (centro-esquerda) a prolongar o atual estado de emergência até 31 de janeiro de 2021.
O decreto obriga ainda o executivo chefiado por Conte a tornar "obrigatório" o uso de máscara em todo o território italiano, obrigatoriedade que se aplica a todas as horas do dia e também a locais ao ar livre.
Entretanto, o governo italiano reuniu-se já em conselho de ministros para aprovar um diploma com as disposições aprovadas pelos deputados.
Depois de, em julho, o executivo liderado por Giuseppe Conte ter definido como limite para pagamentos em dinheiro uma fasquia de 2 mil euros (que cairá para mil euros em janeiro de 2022), agora surge este novo instrumento que consiste num reembolso de 10% das despesas feitas com cartão de crédito ou débito, assim como com pagamentos feitos através do multibanco ou das aplicações bancárias online.
Será ainda definido um número mínimo de operações para aceder ao reembolso, uma forma de incentivar a utilização de cartão inclusivamente nas compras de menor valor. Outro incentivo para que os contribuintes italianos se candidatem ao reembolso diz respeito ao sorteio de prémios num valor global que ascende a 300 milhões de euros.
De acordo com a imprensa transalpina, este incentivo ao recurso a métodos de pagamento eletrónico deverá permanecer em vigor pelo menos até 2022.
Persistem, porém, dúvidas quanto à efetividade desta medida, sobretudo tendo em conta que não é obrigatória e que visa resolver um problema endémico. Durante a crise das dívidas soberanas, o então primeiro-ministro italiano, Mario Monti, também limitou a mil euros os pagamentos em dinheiro, uma medida tão criticada que levou Matteo Renzi, seu sucessor, a deixar a medida pouco após chegar à liderança do governo.
Uso obrigatório de máscara e emergência até 31 de janeiro
Ante o crescimento de novos casos de covid-19, que em países como a Alemanha ou Espanha ultrapassam já os números registados no até aqui pior mês da crise sanitária (abril), e ainda que em Itália, desta feita, a situação esteja sob maior controlo, o parlamento decidiu reforçar as medidas restritivas.
Na manhã desta quarta-feira, a câmara baixa do Parlamento transalpino aprovou, com 253 a favor e apenas 3 contra (os partidos da oposição não votaram), uma resolução que recomenda ao governo de aliança entre o Movimento 5 Estrelas (anti-sistema) eo PD (centro-esquerda) a prolongar o atual estado de emergência até 31 de janeiro de 2021.
O decreto obriga ainda o executivo chefiado por Conte a tornar "obrigatório" o uso de máscara em todo o território italiano, obrigatoriedade que se aplica a todas as horas do dia e também a locais ao ar livre.
Entretanto, o governo italiano reuniu-se já em conselho de ministros para aprovar um diploma com as disposições aprovadas pelos deputados.