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França: Kremlin nega campanha para desacreditar Macron

O líder do movimento de Macron diz que agentes russos são os responsáveis por cerca de metade dos "milhares" de ataques que diz terem sido tentados contra o site e emails da campanha do candidato independente que está à frente nas sondagens.

Reuters
Negócios 14 de Fevereiro de 2017 às 14:15
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O Kremlin negou nesta terça-feira, 14 de Fevereiro,  que esteja por detrás de ataques de "hackers" ao site do candidato presidencial francês Emmanuel Macron e de textos nos sites noticiosos russos em inglês, designadamente sobre a sua alegada homossexualidade.

Citado pela Reuters, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as acusações feitas na segunda-feira por Richard Ferrand, presidente do "En Marche", movimento de Macron, são absurdas.

"Não tínhamos e não temos intenção de interferir nos assuntos internos de outros países, ou nos seus processos eleitorais em particular", disse Peskov aos jornalistas.

"Que há uma campanha histérica anti-[Presidente Vladimir] Putin em certos países, isso é facto óbvio", acrescentou.

Já o líder do movimento de Macron afirmou que são agentes russos, a operar a partir da Ucrânia, os responsáveis por cerca de metade dos "milhares" de ataques que diz terem sido tentados contra o site e e-mails do partido, e que estes estão a ser organizados e coordenados por um "grupo estruturado", localizado na Ucrânia, e não por "hackers" solitários.
 
"Estamos na presença de uma tentativa orquestrada, por parte de uma potência externa, de desestabilizar um candidato à eleição presidencial", disse Ferrand, que apelou de novo ao governo francês para tomar medidas para impedir a intromissão estrangeira na campanha eleitoral francesa.

Ferrand apontou novamente apontou o dedo para os sites noticiosos russos, Russia Today e Sputnik, que difundem em inglês mas são controlados pelo Kremlin, que disse terem espalhado "os rumores mais difamatórios" sobre Macron, inclusive os  relacionados com a sua vida privada e com o financiamento de sua campanha.
 
Tanto o Russia Today como o Sputnik negaram a divulgação de "notícias falsas" sobre Macron e afirmam que as alegações de Ferrand são infundadas. 
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