Notícia
Há empresas a criar apps e guias para refugiados
Entre aplicações para smartphone e livros, começam a surgir guias para facilitar a orientação e dia-a-dia dos refugiados nos países a que chegam. Os guias apostam na ilustração, para que sejam facilmente interpretados por qualquer pessoa.
Várias empresas europeias estão a criar guias ilustrados para refugiados, em versão de aplicações para telemóveis e livros impressos. Os guias apostam essencialmente na ilustração, de forma a garantir que possam ser utilizados por qualquer pessoa, independentemente da sua língua nativa.
Um dos guias a circular é da mesma empresa francesa que publica guias turísticos, a Routard. O guia, de 90 páginas, é composto essencialmente por ilustrações e palavras-chave e já está a circular gratuitamente (com uma impressão inicial de mais de 5 mil exemplares), estando também disponível online. O projecto foi financiado pela Le Guide du Routard e pela agência de viagens Voyageurs du Monde.
O guia começa por mostrar um mapa da Europa e Norte de África e de alguns países asiáticos, que integram as rotas utilizadas pelos refugiados. As páginas abrem depois com religião, com ilustrações que distinguem a arquitectura de diferentes edifícios religiosos, distinguindo igrejas católicas, de mesquitas ou até templos budistas.
Seguem-se depois os contactos de emergência para assistência médica, polícia ou para encontrar abrigo. Desde a identificação de embaixadas, bancos, a serviços de correio ou espaços com acesso à internet até mesmo ao tipo de vestuário usado.
Há também uma página reservada a números e outra só para cores. Tesouras, linhas de costura, transportes, acomodação, pilhas, baterias, ou produtos alimentares. Tudo está facilitado de forma a permitir que os refugiados se socorram do guia para pedir ajuda ou conseguir adquirir algum produto. Na secção reservada à saúde e higiene há ilustrações do corpo humano, medicamentos, cadeiras de rodas ou fraldas e utensílios para recém-nascidos.
Já na Croácia há uma página no Facebook que alerta para os perigos dos campos de minas, pedindo que os caminhos sejam feitos por estradas com luz.