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Despesa com apoios sociais pesou 22% no PIB dos Estados-membros em 2020

Proteção social concentrou o maior aumento das despesas totais das administrações públicas da União Europeia a 27. A justificar este aumento estiveram as medidas adotadas pelos Estados-membros para mitigar o impacto da pandemia de covid-19.

O PIB real da União Europeia ficou 5,9% abaixo do valor de 2019, antes da pandemia.
Pierre-Olivier Clement-Mantion
28 de Fevereiro de 2022 às 11:09
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O peso das despesas das administrações públicas no produto interno bruto (PIB) da União Europeia aumentou para 53,1% em 2020, segundo os dados do Eurostat divulgados esta segunda-feira. A justificar este aumento estiveram as medidas adotadas pelos Estados-membros para mitigar o impacto da pandemia de covid-19.

Os dados do Eurostat mostram que o rácio das despesas públicas no PIB da UE aumentou 6,6 pontos percentuais face aos 46,5% registados em 2019 (ano antes da pandemia). A despesa total das administrações públicas terá, assim, aumentado de 6.521 mil milhões de euros em 2019 para 7.118 mil milhões de euros em 2020.

Os apoios sociais foram os que representaram a maior fatia das despesas das administrações públicas europeias (22%). O peso das despesas com proteção social no PIB variaram entre os 10,2% da Irlanda e mais de um quarto em França (27,3%), Finlândia (25,7%) e Itália (25,2%). Em Portugal, os apoios sociais pesaram 18,8% no PIB.

A saúde (8%), serviços públicos gerais (6,2%), assuntos económicos (6,1%) e educação (5%) foram outras das áreas onde o peso da despesa foi maior no PIB. Em sentido contrário, a defesa (1,3%), recreação, cultura e religião (1,2%), proteção animal (0,9%) e equipamentos comunitários (0,6%) tiveram pesos mais reduzidos.

O peso das despesas governamentais com saúde foi mais elevado na República Checa (9,2% do PIB, enquanto em Portugal foi de 7,2%). Já as despesas com educação tiveram um peso maior na Suécia (7,2% do PIB, face a 5% em Portugal) e as despesas com assuntos económicos foram mais altas na Croácia (11,3% do PIB, 6,2% em Portugal).

As despesas totais das administrações públicas aumentaram em todas as componentes, mas os principais aumentos concentraram-se na proteção social (mais 238 mil milhões de euros, dos quais mais de 118 mil milhões com medidas para travar o desemprego). Seguiram-se os assuntos económicos (com mais 260 mil milhões de despesa efetuada) e saúde (95 mil milhões).
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