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Corbyn apela à unidade dos Trabalhistas e quer mais poder para as bases  

O recém-eleito líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn apelou hoje à unidade do seu partido, profundamente dividido, e prometeu mais poder aos seus apoiantes de base.

Reuters
25 de Setembro de 2016 às 18:09
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O esquerdista Jeremy Corbyn foi reeleito no sábado, após um processo eleitoral em que concorreu com o deputado Owen Smith.

 

Corbyn, de 67 anos, impôs-se ao seu concorrente para dirigir o principal partido da oposição ao governo conservador britânico, conquistando 61,8% dos votos frente aos 38,2% de Smith.

 

O maior partido de oposição britânico encontra-se dividido entre os esquerdistas e os moderados, numa altura de mudança no Reino Unido com o governo conservador da primeira-ministra Theresa May a negociar a saída do país da União Europeia (UE).

 

No seu discurso de posse, em Liverpool, no noroeste de Liverpool, Corbyn prometeu "limpar" a casa, depois das acusações de assédio e de medo de uma ruptura neste partido secular.

 

Corbyn disse ainda que estava "a estender" a mão aos seus críticos, mas a sua decisão de dar mais poder aos membros do partido pode não ser bem vista por todos.

 

Numa entrevista à BBC, Corbyn relevou a intenção de dar mais protagonismo aos simpatizantes trabalhistas com o objectivo de construir "uma sociedade mais igualitária e mais decente".

 

"Quero mais poderes para os membros, mais poder para os apoiantes no sentido de assegurar que temos políticas que são apoiadas por todo o partido", disse.

 

"Há muita sede de mudança por aí, as pessoas querem ver as coisas feitas de maneira diferente", acrescentou.

 

Um dia depois de revalidar o mandato de Corbyn, o Partido Trabalhista arrancou em Liverpool com o seu encontro anual com várias questões por resolver, nomeadamente a questão de o seu líder escolher a sua equipa, como até agora, ou se os deputados e bases devem votar a sua composição.

 

O Comité Executivo Nacional do partido acordou em adiar a decisão sobre as eventuais eleições.

 

O porta-voz das Finanças Trabalhista, John McDonnell, sublinhou hoje, em declarações ao canal de televisão Sky, que "há uma série de reformas que estão a ser debatidas".

 

O próprio Corbyn confirmou que pediu ao órgão executivo uma revisão das "estruturas democráticas" do grupo, a fim de dar mais capacidade de decisão a membros e sindicatos, um sinal que os analistas interpretam como a intenção do político em levar o partido para uma ala mais à esquerda.

 

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