Notícia
Comissão Europeia prevê recessão de 7,7% na Zona Euro
Para a zona euro, a Comissão Europeia espera uma recessão de 7,7% e que a taxa de desemprego suba para 9,6%. Nas contas públicas, a estimativa é de défices e dívidas públicas elevados. O próximo ano não vai chegar para recuperar as perdas deste ano.
A carregar o vídeo ...
A Comissão Europeia estima que a pandemia covid-19 provoque uma recessão de 7,7% na zona euro este ano e uma subida do desemprego para 9,5%, segundo as previsões de Primavera divulgadas nesta quarta-feira, 6 de maio.
"A pandemia do novo coronavírus representa um enorme choque para a economia global e da União Europeia, com consequências socioeconómicas severas. Apesar das medidas tomadas a nível nacional e europeu, a economia europeia vai sofrer uma recessão de proporções históricas este ano", afirma Bruxelas.
A Comissão Europeia prevê que a economia da União Europeia recue 7,4% este ano, um valor recorde, e que a economia apenas dos países do euro recue 7,7%. As estimativas para a evolução do PIB representam uma revisão em baixa de quase 9 pontos percentuais face às previsões de outono, divulgadas por Bruxelas em novembro. Na altura, a previsão era que a economia da UE e da zona euro crescessem 1,2% e 1,4%, respetivamente.
O choque na economia europeia é simétrico - uma vez que a pandemia afetou todos os Estados-membros - mas a recessão em 2020 terá níveis diferentes entre os países (com a economia da Grécia a recuar 9,7% e a da Polónia a encolher 4,3%). Em Portugal, a estimativa é que a economia recue 6,8%.
Já Itália e Espanha, os países da União mais afetados pela covid-19, vão assistir a recessões de 9,4% e 9,5%, respetivamente.
A pandemia do coronavírus afetou severamente as despesas de consumo, a produção industrial, o investimento, o comércio, a circulação de capitais e as cadeias de abastecimento.
Depois da recessão em 2020, a Comissão Europeia estima que as economias comecem a recuperar no ano seguinte: a economia da zona euro deve crescer 6,3% e a da União Europeia 6,1%, níveis que, ainda assim, ficam aquém das quedas deste ano.
Mesmo com o esperado desconfinamento faseado, "não se espera que a economia europeia consiga recuperar as perdas deste ano em 2021", resume a Comissão.
Desemprego aumenta, mas as medidas vão limitar a subida
A Comissão Europeia prevê que, na zona euro, a taxa de desemprego suba de 7,5% em 2019 para 9,6% este ano. Para o conjunto da União Europeia, a estimativa é que a taxa de desemprego suba dos 6,7% para os 9%. No entanto, as medidas políticas que estão a ser tomadas "devem limitar o aumento".
Novamente, a estimativa é que alguns estados-membros tenham subidas do desemprego maiores do que outros. A Grécia pode ver a taxa de desemprego chegar aos 19,9% e Espanha aos 18,9%. Por oposição, na Alemanha, a taxa não deve ir além dos 4%. Em Portugal, estima Bruxelas, a taxa de desemprego pode subir para os 9,7% este ano.
O que explica a diferença? Os Estados-membros com uma grande proporção de trabalhadores com contratos de curto prazo e os que têm uma grande parcela da força de trabalho no turismo "são particularmente vulneráveis", afirma a Comissão. O mesmo acontece com os jovens trabalhadores que entraram agora no mercado de trabalho.
Medidas de combate vão causar défices e aumentar a dívida pública
Em resultado das medidas de apoio ao novo coronavírus e ao 'stand-by' da economia, a Comissão Europeia espera que os saldo orçamental agregado da zona euro passe de um excedente de 0,6% do PIB para um défice de 8,5% na zona euro e de 8,3% na União Europeia.
Bruxelas estima que o mesmo aconteça com a dívida pública: depois de uma tendência de queda desde 2014, o rácio da dívida pública no PIB deve subir de 86% em 2019 para 102,7% na zona euro este ano.
Novamente, há diferenças entre os países. Em Portugal, a Comissão Europeia espera que a dívida pública suba de 117,7% em 2019 para 131,6% este ano. O excedente de 0,2% pode dar lugar a um défice de 6,5%, estima Bruxelas.
"A pandemia do novo coronavírus representa um enorme choque para a economia global e da União Europeia, com consequências socioeconómicas severas. Apesar das medidas tomadas a nível nacional e europeu, a economia europeia vai sofrer uma recessão de proporções históricas este ano", afirma Bruxelas.
O choque na economia europeia é simétrico - uma vez que a pandemia afetou todos os Estados-membros - mas a recessão em 2020 terá níveis diferentes entre os países (com a economia da Grécia a recuar 9,7% e a da Polónia a encolher 4,3%). Em Portugal, a estimativa é que a economia recue 6,8%.
Já Itália e Espanha, os países da União mais afetados pela covid-19, vão assistir a recessões de 9,4% e 9,5%, respetivamente.
A pandemia do coronavírus afetou severamente as despesas de consumo, a produção industrial, o investimento, o comércio, a circulação de capitais e as cadeias de abastecimento.
Depois da recessão em 2020, a Comissão Europeia estima que as economias comecem a recuperar no ano seguinte: a economia da zona euro deve crescer 6,3% e a da União Europeia 6,1%, níveis que, ainda assim, ficam aquém das quedas deste ano.
Mesmo com o esperado desconfinamento faseado, "não se espera que a economia europeia consiga recuperar as perdas deste ano em 2021", resume a Comissão.
Desemprego aumenta, mas as medidas vão limitar a subida
A Comissão Europeia prevê que, na zona euro, a taxa de desemprego suba de 7,5% em 2019 para 9,6% este ano. Para o conjunto da União Europeia, a estimativa é que a taxa de desemprego suba dos 6,7% para os 9%. No entanto, as medidas políticas que estão a ser tomadas "devem limitar o aumento".
Novamente, a estimativa é que alguns estados-membros tenham subidas do desemprego maiores do que outros. A Grécia pode ver a taxa de desemprego chegar aos 19,9% e Espanha aos 18,9%. Por oposição, na Alemanha, a taxa não deve ir além dos 4%. Em Portugal, estima Bruxelas, a taxa de desemprego pode subir para os 9,7% este ano.
O que explica a diferença? Os Estados-membros com uma grande proporção de trabalhadores com contratos de curto prazo e os que têm uma grande parcela da força de trabalho no turismo "são particularmente vulneráveis", afirma a Comissão. O mesmo acontece com os jovens trabalhadores que entraram agora no mercado de trabalho.
Medidas de combate vão causar défices e aumentar a dívida pública
Em resultado das medidas de apoio ao novo coronavírus e ao 'stand-by' da economia, a Comissão Europeia espera que os saldo orçamental agregado da zona euro passe de um excedente de 0,6% do PIB para um défice de 8,5% na zona euro e de 8,3% na União Europeia.
Bruxelas estima que o mesmo aconteça com a dívida pública: depois de uma tendência de queda desde 2014, o rácio da dívida pública no PIB deve subir de 86% em 2019 para 102,7% na zona euro este ano.
Novamente, há diferenças entre os países. Em Portugal, a Comissão Europeia espera que a dívida pública suba de 117,7% em 2019 para 131,6% este ano. O excedente de 0,2% pode dar lugar a um défice de 6,5%, estima Bruxelas.