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Lagarde mais pessimista: recessão na Zona Euro vai ficar entre 8% e 12%

A presidente do BCE já coloca de parte o cenário de a quebra no PIB da Zona Euro ser apenas de 5%. A dimensão da recessão vai ficar algures entre o cenário médio e mais severo.

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27 de Maio de 2020 às 09:39
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A presidente do Banco Central Europeu está mais pessimista com a evolução da economia europeia, mas afasta uma nova crise da dívida soberana.

 

Falando num evento organizado pelo banco central, Christine Lagarde avisa que continua a ser muito difícil fazer previsões de como a economia está a ser afetada pela pandemia. Ainda assim estimou que a quebra na atividade económica ficará algures entre o cenário médio e severo que foi avançado pelo BCE.

 

Posta de parte está já possibilidade de a economia sofrer uma recessão moderada. Citada pela Bloomberg, Lagarde diz ser quase certo que a quebra no PIB vai ser superior à registada durante a crise financeira global de 2008, sendo que haverá países mais afetados do que outros.

 

Christine Lagarde tinha adiantado no final de abril que o PIB pode cair entre 5% e 12% este ano, regressando depois nos anos seguintes à normalidade. O cenário médio apontava para uma contração de 8% este ano, pelo que Lagarde admitiu hoje que o número da recessão na Zona Euro poderá ter dois dígitos, situando-se entre 8% e 12%.

 

Na conferência de imprensa após a última reunião do BCE, Lagarde tinha já avisado que "os números maus ainda mal começaram a chegar". As projeções do banco central admitem, no cenário mais negativo, uma queda de 15% do PIB da Zona Euro, no segundo trimestre deste ano, assumiu a responsável a 30 de abril.

 

As estimativas oficiais do BCE para a economia europeia vão ser divulgadas em junho. A Comissão Europeia estima que a pandemia covid-19 provoque uma recessão de 7,7% na zona euro este ano e uma subida do desemprego para 9,5%, segundo as previsões de Primavera divulgadas a 6 de maio.

 

Apesar do pessimismo com a evolução da atividade económica, Lagarde colocou de parte a hipótese de se repetir uma crise de dívida soberana e também não se mostrou muito preocupada com o esperado aumento da dívida pública. Mais relevante é avaliar onde os países vão gastar o dinheiro que vão receber com o aumento das emissões de dívida, assinalou.

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