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Cameron insiste em referendo sobre permanência britânica na UE

O primeiro-ministro britânico está em campanha não oficial para as eleições legislativas de Maio e reassumiu o tema do referendo sobre a continuidade do Reino Unido na União Europeia como tema central. Cameron gostaria até de o realizar antes de 2017.

Bloomberg
05 de Janeiro de 2015 às 13:59
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O primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron insistiu este domingo na sua vontade de levar a cabo um referendo popular sobre a permanência britânica na União Europeia (UE). Numa entrevista concedida à estação televisiva BBC, Cameron referiu-se ao referendo por si prometido para 2017, caso vença as legislativas agendadas para o próximo mês de Maio, afirmando que gostaria de o poder antecipar.

 

O líder dos Conservadores britânicos disse que gostaria de realizar o referendo "o mais cedo possível", ignorando, desta forma, as críticas feitas por personalidades como Angela Merkel, chanceler da Alemanha, ou Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, à via eurocéptica adoptada por Cameron na sequência da vitória do partido anti-imigração e anti-europeu UKIP nas europeias de Maio de 2014.

 

Cameron, já lançado na campanha para as legislativas britânicas, aproveitou a entrevista para reforçar a linha de governação seguida pela coligação por si liderada.

 

Apesar das críticas dos trabalhistas à acção política do governo, nomeadamente acusando os "tories" de estarem a acabar com o serviço nacional de saúde britânico, com cortes que levam a despesa governamental nesta área para níveis de 1930, Cameron limitou-se a dizer que "enquanto os trabalhistas querem falar do sistema de saúde, nós preferimos falar da economia".

 

E é esse o registo que o político inglês pretende sublinhar: "Estou muito contente por ser julgado pelos cinco anos enquanto primeiro-ministro. As desigualdades no nosso país diminuíram e a pobreza infantil diminuiu", regozijou-se.

 

Apesar das críticas à falta de aposta em políticas de crescimento, Cameron recorreu aos dados da economia britânica, que mostra claros sinais de recuperação, para reforçar a ideia de que "se queremos tirar famílias da pobreza, temos de ter o défice e a dívida sob controlo".

 

Até porque, "mais importante do que as estatísticas é o facto de haver 1,5 milhões de pessoas que não tinha emprego e que agora tem, devido ao plano económico de longo-prazo deste governo", atirou o líder britânico.

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