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David Cameron começa 2015 já a pensar nas legislativas de Maio

O início de 2015 do primeiro-ministro britânico foi já a pensar nas eleições que acontecem no próximo mês de Maio. Aproveitando o embalo da recuperação da economia britânica, Cameron pede aos ingleses que “continuem na estrada para uma economia mais forte”.

Phil Noble/Reuters
02 de Janeiro de 2015 às 14:26
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O ano ainda agora começou mas o primeiro-ministro britânico David Cameron já deu início à campanha para as eleições legislativas do próximo mês de Maio. Ao segundo dia do ano, Cameron apresentou o primeiro cartaz (ver foto) no qual puxa pelos galões da sua governação: "Mais 1,75 milhões de pessoas com emprego, mais 760 mil empresas e o défice cortado pela metade".

 

Embalado pelos sinais e indicadores que dão conta da recuperação da economia britânica, o governante inglês pede aos eleitores ingleses, na mensagem principal do "outdoor", para que "continuem na estrada para uma economia mais forte".

 

O PIB inglês cresceu em cadeia 0,7% no terceiro trimestre de 2014, o que representa um crescimento económico, nos 12 meses findos em Setembro do ano passado, de 2,6%, isto apesar das estimativas dos economistas terem antecipado um crescimento de 3%. No final de Setembro, a economia britânica acabou mesmo por registar o sétimo trimestre consecutivo de expansão económica.

 

E é aqui que Cameron centra a sua energia e tenta marcar a diferença perante os rivais Trabalhistas que, por sua vez, lideram as sondagens com dois a três pontos percentuais de vantagem sobre os Conservadores. Porque, apesar de David Cameron denotar, praticamente desde a sua eleição em 2010, dificuldades para se afirmar junto da opinião pública britânica, também Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, não tem conseguido capitalizar o descontentamento nos índice de aprovação. 

 

A agência Bloomberg destaca que Cameron e o seu ministro das Finanças, George Osborne, tentarão convencer os eleitores de que estão melhor preparados para levar a economia britânica a bom porto do que o partido liderado por Ed Miliband, destacando os méritos alcançados pelo governo de coligação liberal-conservadora.

 

Mas a corrida de Cameron é também feita noutro plano que, por sua vez, se divide na dimensão interna e externa. Para estancar a transferência de votos, visível nas intenções de voto mas também no resultado das eleições europeias de Maio do ano passado, dos conservadores para o partido anti-imigração e anti-europeu UKIP, David Cameron prometeu que, caso vença as eleições deste ano, irá promover um referendo popular sobre a permanência do Reino Unido no seio da União Europeia (UE).

 

Contudo, esta postura tem suscitado muitas críticas dos seus congéneres europeus, incluindo da chanceler alemã Angela Merkel. A forma como o líder britânico conduz a sua actuação face a Bruxelas mereceu, também, fortes críticas de Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia. 

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