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Acordo de comércio UE-Ucrânia entra em vigor

O acordo de comércio União Europeia-Ucrânia, que entra este 1 de Janeiro em vigor, vai facilitar as exportações ucranianas e os investimentos europeus, mas acarreta restrições económicas impostas pela Rússia como retaliação pela aproximação do país à Europa.

47º Ucrânia - Pontuação 41,4
01 de Janeiro de 2016 às 12:54
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"Estamos prontos a pagar o preço da nossa liberdade e da nossa escolha europeia", assegurou em Dezembro o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ao selar em Bruxelas o DCFTA – Deep and Comprehensive Free Trade Agreement (Acordo Abrangente e Aprofundado de Comércio Livre).

O preço foi definido pelo presidente russo, Vladimir Putin, que decidiu suspender o acordo de comércio livre que unia Moscovo e Kiev desde 2011 alegando "circunstâncias que prejudicam os interesses e a segurança económica" da Rússia.

Trata-se, segundo Moscovo, de evitar uma entrada maciça de produtos europeus mais baratos, com etiqueta ucraniana, no mercado russo.

Além da suspensão do pacto de 2011, Moscovo vai alargar à Ucrânia o embargo aos produtos alimentares europeus decidido em retaliação pelas sanções económicas que lhe foram impostas após a anexação da Crimeia em março de 2014.

Em resposta, Kiev anunciou também a suspensão do pacto comercial com a Rússia, a partir de 2 de Janeiro, e a proibição da importação de produtos alimentares russos, a partir de 10 no território ucraniano e mais tarde na Crimeia, península que não tem ligação por terra à Rússia e depende em grande medida dos produtos ucranianos.

O acordo comercial UE-Ucrânia insere-se no Acordo de Estabilização e Associação assinado a 27 de junho de 2014, um pacto político e comercial considerado um primeiro passo para uma futura adesão à UE.

Esse acordo esteve na origem do conflito na Ucrânia, desencadeado em 2014 com a contestação popular à decisão do presidente pró-russo Viktor Ianukovich de não assinar o pacto, seguida da sua deposição, da insurreição separatista no leste e da anexação da Crimeia pela Rússia.

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