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Desemprego cai para 8,6% em Setembro

A estimativa de Setembro para a taxa de desemprego trouxe uma nova quebra, desta vez para os 8,6%. Um mínimo de nove anos. Além disso, o INE reviu também em baixa o valor (já definitivo) de Agosto para os 8,8%. Do lado do emprego, foi atingido o valor mais alto desde o Verão de 2010.

Bruno Simão/Negócios
30 de Outubro de 2017 às 11:02
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(Nota prévia: há alguns meses que surgem nas notícias valores diferentes para o desemprego, que podem deixar os leitores confusos. Isso explica-se porque o INE publica duas "taxas de desemprego" diferentes. Uma mensal e outra trimestral. Os dois valores têm diferenças metodológicas e, no caso do segundo, nunca são ajustados à sazonalidade.)

O desemprego em Portugal volt
ou a bater mínimos de nove anos. Segundo os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de Agosto foi revista em baixa para 8,8% e a estimativa provisória de Setembro aponta para uma nova descida, para os 8,6%. A confirmar-se, este é o valor mais baixo desde Abril de 2008.

Em Setembro, havia 442 mil portugueses desempregados. Cerca de menos dez mil do que mês anterior e menos 116 mil do que há um ano. Na comparação com Agosto, todos os segmentos registaram melhorias, excepto os jovens (mais 3,8 mil desempregados).

No que diz respeito ao emprego, houve também um reforço em Setembro. Mais sete mil postos-de-trabalho face a Agosto e mais 147 mil face ao mesmo mês do ano passado. "Em Setembro de 2017, a estimativa provisória da população empregada foi de 4.716,7 mil pessoas, tendo aumentado 0,2% (7,2 mil) face ao mês anterior (Agosto de 2017) e 0,8% (36,0 mil) em relação a três meses antes (Junho de 2017)", escreve o INE. Também neste caso, quando se compara com o mês anterior, os jovens são o principal destaque negativo, com menos 2,2 mil empregados. 

Estes dados do INE são ajustados de sazonalidade. Isto é, tentam excluir o impacto positivo daquilo a que normalmente se chama "empregos de Verão". Postos de trabalho provisórios, que tendem a desaparecer quando chega o Outono. Nessa lógica de análise, o crescimento do emprego tem sido forte desde 2015: há hoje mais 147 mil portugueses empregados do que há um ano e mais 240 mil do que há dois anos. 



Há um problema com os jovens?

Como já foi referido, onde a visão não pode ser tão optimista é no segmento dos jovens. A taxa de desemprego jovem está a aumentar há dois meses consecutivos e está agora nos 25,7% (ainda assim, abaixo dos 28,3% do mesmo mês de 2016). Quanto ao emprego, ele segue a mesma tendência de diminuição nos últimos meses, apesar de registar algum reforço homólogo.


Este perfil também se observou por esta altura no ano passado e pode estar relacionado com mecânicas de transição do sistema educativo para o mercado de trabalho, comum neste período. Contudo, em 2017, esta travagem da descida do desemprego entre os jovens está a ser mais forte e a durar mais tempo do que em 2016. 


(Notícia actualizada às 11h50)
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