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Confiança das famílias volta a aumentar e aproxima-se de recorde
As famílias portuguesas ficaram mais optimistas no mês em que o Governo apresentou a proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano.
O indicador que mede a confiança das famílias portuguesas regressou às subidas em Outubro, recuperando de dois meses de quedas e aproximando-se dos máximos registados em Julho.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o índice subiu para 2,1 em Outubro, depois de duas descidas consecutivas o terem colocado em 1,5 no mês anterior. Está agora mais próximo do máximo histórico fixado em Julho nos 2,5.
"A evolução do indicador de confiança dos Consumidores em Outubro resultou do contributo positivo das expectativas relativas à evolução da poupança, da evolução da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país, mais significativo no primeiro caso, tendo as perspectivas sobre a evolução do desemprego contribuído negativamente", refere o INE.
A recuperação da confiança dos consumidores surge no mês em que o Governo português apresentou a proposta do Orçamento do Estado de 2018, que reforça a tendência de devolução de rendimentos às famílias.
O INE dá conta que o "saldo das expectativas sobre a evolução da poupança aumentou pelo terceiro mês consecutivo, dando continuidade ao movimento ascendente iniciado em Julho de 2016" e atingindo um novo máximo histórico.
Confiança dos empresários estabiliza
No que diz respeito aos empresários, o indicador de clima económico estabilizou em Setembro e Outubro, em 2,1, depois de ter diminuído em Agosto.
Segundo o INE, verificou-se uma diminuição da confiança na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo aumentado na Indústria Transformadora e estabilizado no Comércio.
O indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou pelo segundo mês em Outubro, devido às perspectivas mais favoráveis sobre a produção e as apreciações sobre a procura global.
Na Construção e Obras Públicas o índice de confiança baixou em Outubro, "após ter atingindo em Setembro o máximo desde Julho de 2002, em resultado da evolução negativa das perspectivas de emprego, uma vez que as opiniões sobre a carteira de encomendas recuperaram ligeiramente".
No Comércio o índice de confiança estabilizou em Outubro, após ter diminuído em agosto e Setembro, "verificando-se um contributo negativo das apreciações sobre o volume de vendas e sobre o volume de stocks e um contributo positivo das perspectivas de actividade.
Por fim, o indicador de confiança dos Serviços diminuiu em Outubro, "suspendendo o perfil positivo observado desde o final de 2012, reflectindo o contributo negativo do saldo das
apreciações sobre a actividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas, uma vez que as perspectivas sobre a evolução da procura recuperaram ligeiramente".