Apesar da subida nominal de 5,9%, o salário médio bruto total cresceu, em termos reais, para 3,2% no último trimestre do ano passado, em comparação com o mesmo período do ano anterior, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). No caso das administrações públicas, o aumento real foi mais alto, de 5,1%.

O valor registado em termos médios (3,2%) compara com os 4,2% que se registaram no trimestre terminado em setembro e com os 4,4% que eram registados há um ano.

No caso da remuneração base, a subida foi de 3,4% mas descontando a inflação a tendência também é de desaceleração.

"Em relação ao trimestre terminado em setembro de 2024, assistiu-se a uma aceleração dos preços (de 2,2% para 2,6%) e a uma desaceleração das remunerações reais (por exemplo, de 3,9% para 3,4% no caso das remunerações base", lê-se no destaque do INE.

Esta informação é apurada em média e por posto de trabalho a partir da informação relativa a 4,2 milhões de postos de trabalho a partir das remunerações declaradas à Segurança Social e à Caixa Geral de Aposentações.

No caso das administrações públicas, onde estão cerca de 16% dos trabalhadores, a subida homóloga foi de 7,8%, para 2.538 euros no final do ano, o que resultou num aumento real do salário médio total mais elevado, de 5,1%.

"Em termos reais, nas administrações públicas, as remunerações total, regular e base aumentaram 5,1%, 5,9% e 4,0%, respetivamente", descreve o INE.

Na média do ano, salários reais aceleraram

Apesar dos dados mais recentes, no conjunto do ano os salários reais subiram mais: 6,3% no caso da remuneração total.

"Em 2024, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador aumentou, em relação a 2023, para
1.602 euros (6,3%), a componente regular para 1.294 euros (6,4%) e a componente base para 1.213 euros (6,2%)", explica o INE.

"Em termos reais, na comparação anual, os três tipos de remuneração aumentaram: 3,8%, 3,9% e 3,7%,
respetivamente", conclui o destaque.

Notícia em atualização