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Salário médio sobe 4% em termos reais

O salário médio aumentou 4% em termos reais no último trimestre do ano passado, acelerando face aos 2,7% do trimestre anterior. Isto apesar dos aumentos pagos pelas empresas terem abrandado.

A receita de IRS provém, de forma esmagadora, dos 20% mais ricos, representando      81% da totalidade do imposto.
Pedro Catarino
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O abrandamento dos preços está a permitir que o salário médio valorize efetivamente. Segundo cálculos divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no último trimestre do ano passado o salário médio subiu 4% em termos reais.

Explica o INE que em termos nominais a remuneração bruta total mensal média por trabalhador aumentou 5,7% no último trimestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 1.670 euros.

"Em termos reais, tendo por referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total mensal média aumentou 4,0% e as suas componentes regular e base aumentaram 4,2% e 4,5%", revela o INE.

É que, em relação ao trimestre terminado em setembro de 2023, "assistiu-se a uma desaceleração dos preços (de 3,5% para 1,7%) e a uma aceleração das remunerações reais (por exemplo, de 2,7% para 4,0% no caso das remunerações totais)".



Como o INE considera essencialmente os preços do trimestre (e não de forma anualizada) os resultados são mais sensíveis às oscilações de preços. Tanto apontaram para quebras reais de forma relativamente rápida como refletem, agora, com a mesma rapidez, os ganhos reais.

A série mostra que entre o trimestre que terminou em dezembro de 2021 e o trimestre que terminou em abril de 2023 o salário médio registou constantemente perdas reais, que chegaram aos 5%. Desde maio que os valores reais são positivos.

Este aumento do ganho real ocorre apesar de o aumento nominal ter abrandado: passou de 6,2% no trimestre terminado em setembro para 5,7% no último trimestre do ano, como já referido. 

É em relação ao aumento nominal que o INE refere que as maiores subidas se verificaram nas indústrias extrativas (10%) e nas atividades administrativas e dos serviços de apoio (8,3%). Em termos reais, os valores foram positivos para todos os setores.

Salários no Estado sobem menos


Com base na informação administrativa relativa a 4,7 milhões de postos de trabalho com descontos para a Segurança Social e para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) o INE também conclui que no Estado os salários sobem menos.

Nas administrações públicas, considerando, de novo, a remuneração total média por trabalhador, o aumento no último trimestre do ano foi de 5,1% em termos nominais, para 2.336 euros, e de 3,4% em termos reais. Sempre em termos homólogos.

No privado, as remunerações voltam a aumentar "de forma mais expressiva": a remuneração total subiu 6,3%, apra 1.453 euros, e a real aumentou 4,5%.





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