Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Voltam a aumentar os jovens que nem estudam nem trabalham

No terceiro trimestre, mais de 300 mil jovens não estavam empregados, nem a estudar nem em formação. Os chamados jovens  "nem nem" aumentaram no último trimestre, apesar de terem recuado em termos homólogos.

Bruno Simão/Negócios
  • 2
  • ...

Nem tudo são boas notícias no mercado de trabalho. O número de jovens dos 15 aos 34 anos que não tem um emprego e também não estão a estudar ou em formação aumentou no terceiro trimestre do ano, com um crescimento em cadeia de 0,6 pontos, voltando a superar as 300 mil pessoas, que correspondem a 13,3% do total.

Na análise em cadeia, o maior aumento dos chamados "nem nem" – que têm merecido maior atenção por parte das instituições europeias nos últimos anos – deu-se entre os jovens de entre 15 a 19 anos, com a taxa a duplicar, passando de 2,7% para 5,9%. São agora 33,2 mil pessoas, o que compara com as 15 mil registadas no trimestre anterior.

Esta tendência de aumento, que também se verificou entre os 20 e os 24 anos, foi no entanto contrariada pelo escalão etário de entre 25 e 34 anos, que registou uma diminuição.

"Dos três grupos etários em análise, o maior aumento ocorreu entre os mais jovens (15 a 19 anos), com a taxa respectiva a mais do que duplicar", explica o INE. "Por outro lado, a percentagem de jovens adultos dos 25 aos 34 anos que não tinham um emprego, nem estavam a estudar ou em formação diminuiu" entre os dois trimestres consecutivos.

Este grupo é essencialmente composto por mulheres, pessoas dos 25 aos 24 anos e com um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico. A maioria está à procura de trabalho, sendo por isso classificada como "desempregados".

Portugal foi um dos países onde o número de jovens que não estudam nem trabalham mais aumentou até 2015, de acordo com os dados divulgados em Agosto pelo Eurostat.

Recuo homólogo de 17 mil pessoas  

Em termos homólogos, porém, o número global de jovens que não estudam nem trabalham diminuiu 0,5 pontos percentuais, com menos 16,8 mil jovens nesta situação do que há um ano.

Esta evolução ajuda a explicar porque é que, apesar de a taxa ter subido seis décimas face ao trimestre anterior, recuou cinco décimas face ao que foi registado há um ano.  

Ver comentários
Saber mais Emprego desemprego Eurostat INE
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio