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Portugal deixa de estar entre os 10 piores países para receber mulheres para trabalhar

Numa altura em que se soma legislação que quer promover a igualdade entre homens e mulheres no mundo laboral, as expatriadas a trabalhar em Portugal destacam melhorias ao nível das perspetivas de carreira. O país sai em 2018 dos dez piores destinos para as mulheres trabalharem - uma posição que mantinha há três anos.

28 de Fevereiro de 2019 às 09:39
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Portugal manteve-se, durante três anos, entre os piores destinos para receber mulheres que decidem trabalhar no estrangeiro. Agora, consegue sair dos dez piores lugares, embora não se distancie muito, mostra o ranking da Internations que avalia os melhores países estrangeiros para as mulheres trabalharem.

"Embora Portugal se tenha mantido entre os 10 lugares do fundo da tabela por três anos consecutivos, finalmente sobe no ranking, posicionando-se do 41.º lugar entre 57 países", escreve a Internations em comunicado. Esta empresa dedica-se a recolher informação acerca de indivíduos que vivem ou trabalham no estrangeiro. 

De acordo com os dados recolhidos, um dos fatores que mais melhorou foram as perspetivas de carreira. Quase 40% das expatriadas do sexo feminino dizem-se satisfeitas neste aspeto em 2018, contra as apenas 26% que o afirmavam no ano anterior. A segurança no local de trabalho ascendeu 11 pontos percentuais comparada com 2017, embora seja vista como positiva apenas por metade das mulheres. O contentamento com o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal também nota melhorias, subindo de 68% para 72%.

As perceções das expatriadas quando a Portugal estão a alterar-se numa altura de agitação na lei laboral, que tem vindo a adicionar medidas no sentido de promover a igualdade entre homens e mulheres. Esta quinta-feira, 21 de fevereiro, foi aprovado um diploma que exige às empresas que justifiquem diferenças salariais entre homens e mulheres que desempenhem funções equivalentes, ameaçando de coimas. Ainda no início do mês, o regulador dos mercados - a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) - avançou que as empresas cotadas que não cumpram o limite mínimo de percentagem de mulheres nos seus órgãos de administração e fiscalização poderão ser alvo de uma multa, caso mantenham a situação de incumprimento por mais de um ano.

Ainda segundo a Internations, o elemento menos atrativo é o salário: apenas um quinto das inquiridas está a ganhar mais do que aquilo que ganharia no país de origem a desempenhar as mesmas funções, enquanto que a nível global, metade das mulheres costuma ver ganhos a este nível. Por fim, a felicidade no trabalho também não é a alínea que melhor pontua, deixando insatisfeitas quase metade das mulheres. 

Outras conclusões do mesmo estudo apontam que, contudo, as mulheres têm menos tendência do que os homens a cruzarem fronteiras por motivos de trabalho. "É mais provável que uma mulher se mude como cônjuge do que procure uma carreira ativamente no estrangeiro", lê-se na nota de imprensa. Quase 30% das mulheres dizem ter-se mudado em função das opções dos respetivos companheiros, enquanto 25% diz estar a investir no próprio percurso profissional. Entre os homens, quase 40% afirma mudar-se para melhorar a sua situação profissional e apenas 13% de forma a acompanhar o cônjuge. 

Europa reúne os melhores destinos

Nos melhores lugares do ranking, os dez primeiros, figuram seis países europeus, formando a maioria. A República Checa consegue a medalha de ouro, com o Bahrein e o Taiwan a fecharem o pódio. Seguem-se a Noruega, dinamarca, Luxemburgo, Nova Zelândia, Países Baixos, Malta e Austrália.
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