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Passos diz que "fica mal à oposição" não reconhecer resultados no emprego
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse esta terça-feira que "fica mal à oposição" não reconhecer os resultados alcançados em matéria de emprego, embora sublinhando que o Governo reconhece que o problema do desemprego ainda não está resolvido.
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"Eu julgo que fica bem à oposição não lançar poeira para o debate público, fica mal à oposição não reconhecer estes resultados, que todos nós gostaríamos que fossem melhores", afirmou Pedro Passos Coelho, na ilha do Porto Santo, numa conferência conjunta com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, no final de uma visita oficial de dois dias à Madeira.
Questionado sobre os dados revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo os quais a taxa de desemprego em Abril recuou 0,2 pontos percentuais face a Março, para 13 por cento, Passos Coelho assinalou a tendência positiva que se tem registado neste indicador.
"Aquilo que é importante não é mês a mês as estimativas apresentadas ou ligeiras correcções, é a tendência que se pode observar ao longo dos anos. E essa mostra que temos vindo a recuperar emprego, taxas de desemprego muito próximas das do início do Programa de Assistência Económica e Financeira, e que a recuperação da nossa economia tem sido consistente", salientou.
O secretário-geral do PS, António Costa, desvalorizou hoje à tarde a ligeira redução da taxa de desemprego em Portugal, considerando a situação "dramática" e disse que falar-se em boas notícias é "tão mau" como a ideia do primeiro-ministro de "final feliz" pós-resgate financeiro.
No Porto Santo, Passos Coelho sublinhou que "do lado do Governo, ninguém está a embandeirar em arco" nem a dizer "que o problema do desemprego está resolvido". "Precisamos de continuar reformas importantes que permitam que o nosso ritmo de crescimento seja mais intenso e possa absorver mais desemprego, mas não vale a pena esconder boas notícias, ou diminuir ou relativizar boas notícias", afirmou.
O primeiro-ministro acrescentou que, enquanto a taxa de desemprego estiver acima dos 10%, será "seguramente um desemprego profundamente injusto para os que são vítimas dessa situação e, do ponto de vista nacional, um desperdício".