"Os empregos que estão a ser gerados neste momento em Portugal são empregos com mais qualidade e mais qualificação e, nesse sentido, há um combate até à precariedade. Eu acho que Portugal tem de continuar a ter mais licenciados, a apostar na qualificação dos trabalhadores e na qualificação dos próprios empresários", respondeu o ministro quando confrontado, esta quarta-feira, com as declarações de Angela Merkel.

Recorde-se que a chanceler alemã recorreu a Portugal e Espanha como exemplos de países onde o aumento do número de licenciados não contribuiu para a redução da taxa de desemprego entre os mais jovens. "Temos de nos afastar" da aposta nos estudos universitários, afirmou Angela Merkel. "De outra forma, não seremos capazes de persuadir países como Portugal e Espanha que têm muitos licenciados".

À margem da conferência "Emprego jovem e empreendedorismo social: novos caminhos", o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social destacou ainda o programa Garantia Jovem como prova da importância da aposta na formação e qualificação dos mais jovens.

"Temos ainda muito para trabalhar nessas matérias. Especificamente no caso dos mais jovens, é muito importante para nós estar, neste momento, a executar o programa Garantia Jovem", sublinhou. "São já 150 mil jovens que estão numa oferta de educação, de qualificação, ou mesmo numa oferta do mercado de trabalho. Temos ainda um desemprego muito elevado e temos de trabalhar para continuar a descer".