Segundo os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal tinha no primeiro trimestre de 2011 uma taxa NEET de 13,5%, enquanto na média dos países da OCDE era 15,8%.

As organizações internacionais têm dado cada vez mais destaque a este indicador. Porquê? Alguns economistas argumentam que a taxa de desemprego jovem pode ser enganadora por incluir jovens que ainda estão a estudar ou em formação, mas que estão à procura trabalho e podem começá-lo em poucas semanas.

A definição de NEET exclui esses casos, mas inclui todos os inactivos. Ou seja, o número de jovens nesta situação tende a ser maior, mas a taxa tende a ser mais baixa. Normalmente, os NEET confiam menos nas instituições, têm menos probabilidades de votar e menos interesse em política. Segundo o Eurofound, Portugal está integrado no grupo de países europeus – com Irlanda, Espanha ou Estónia – onde os NEET são normalmente homens, desempregados, desencorajados, especializados e com experiência de trabalho.

Jovens que estão nesta situação enfrentam riscos sérios de exclusão social. Vários estudos concluem que uma inactividade prolongada por um período longo de tempo aumenta a probabilidade de desemprego futuro, pobreza, salários mais baixos, criminalidade e até saúde mais débil.