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Jorge Gaspar demite-se da presidência do IEFP
O presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional vai abandonar a liderança da instituição a 1 de Junho, avança a TSF. Ao Negócios, Jorge Gaspar confirma que vai abandonar o IEFP no final do corrente mês de Maio.
Jorge Gaspar vai abandonar a liderança do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), ao qual presidia desde Dezembro de 2013, nomeado pelo anterior Governo de Passos Coelho.
A notícia foi avançada pela TSF e confirmada pelo Negócios junto do próprio Jorge Gaspar (na foto). Fonte oficial do Ministério da Segurança Social também confirma a saída e adianta que o ministro José Vieira da Silva já tinha sido informado.
Jorge Gaspar ficou isolado no IEFP após as substituições operadas pelo actual Governo no instituto.
Ao Negócios, o agora presidente demissionário do IEFP confirma a saída, "no final do presente mês", e diz que "por ora" não tem "mais nada a acrescentar" sobre os motivos que o levam a abandonar o instituto responsável pela formação profissional. Antes de entrar para a liderança do IEFP, nomeado pelo Executivo de Passos Coelho, Jorge Gaspar havia sido chefe de gabinete do primeiro secretário de Estado da Administração Local do Governo de Passos, Paulo Júlio.
Segundo a TSF, Jorge Gaspar comunicou por e-mail a saída aos funcionários do IEFP, no qual diz ter tido sempre apoio dos Governos que estiveram em funções. "Ao longo destes quase dois anos e meio (iniciei funções em Dezembro de 2013) sempre contei com o apoio institucional e pessoal de todos os membros dos XIX, XX e XXI governos constitucionais directamente envolvidos na tutela do IEFP", assinala.
Fonte oficial do Ministério da Segurança Social adianta que o ministro Vieira da Silva "já tinha sido informado da saída", pelo que o anúncio hoje feito aos trabalhadores não foi uma surpresa. A mesma fonte não disse quem será o substituto de Jorge Gaspar no IEFP.
Governo afastou todas as pessoas à volta de Jorge Gaspar
No final do ano passado, o actual Governo, liderado por António Costa, afastou 14 dirigentes de topo do IEFP, incluindo membros do Conselho Directivo, directores regionais, subdirectores regionais e dois directores de departamento. Apesar de as comissões de serviço serem válidas por cinco anos (o que significa que já não terminavam com a mudança de Governo), o Executivo de António Costa decidiu substituir estes dirigentes para imprimir uma "nova orientação de valorização das políticas públicas activas de promoção de emprego e de combate à precariedade", justificou, na altura, o ministério.
Depois de afastar esses dirigentes, o actual Governo decidiu manter Jorge Gaspar na liderança do IEFP, rodeando-o, no Conselho Directivo do instituto, de três pessoas que já tinham sido nomeadas no passado por governantes do PS. Estas pessoas foram nomeadas em regime de substituição.
Notícia actualizada com mais informação às 18:22