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Fernando Ulrich defende "salário mínimo recomendado"
O presidente do BPI diz que empresas que o fizerem deviam poder usar um símbolo de responsabilidade social.
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O presidente do BPI, Fernando Ulrich, disse hoje em Aveiro, nas "Exit Talks", que se devia estudar um "salário mínimo recomendado" que resulte de um acordo entre as empresas e os trabalhadores e que seria superior ao que existe actualmente, ainda que não mexendo no valor do salário mínimo oficial, que é um indexante para vários preços.
“Há ainda umas centenas de milhares de pessoas que ganham o salário mínimo. É para elas um problema ser baixo. Não sei as consequências que um aumento [do salário mínimo] teria na economia mas as empresas que pudessem comprometiam-se a respeitar [um salário mínimo recomendado] e podiam usar um símbolo do género das que são socialmente sustentáveis", disse o responsável.
Jorge Coelho, que saiu recentemente da Mota-Engil e é agora consultor disse também que o "salário mínimo é muito importante não só pelo salário mínimo". O ex-ministro recordou ainda que o presidente da Jerónimo Martins, Soares dos Santos, "considera que é fundamental a motivação e o reconhecimento". E criticou a política fiscal: "Na restauração a questão não é o salário mínimo mas o aumento do IVA para 23%. Gostava de saber a diferença entre esta medida e o subsídio de desemprego que teve que pagar em consequência. O País vai-se desenvolver pela pobreza? Acho que não".