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Escandinávia precisa desesperadamente de mão-de-obra qualificada

A indústria escandinava há muito que se queixa da escassez de mão-de-obra qualificada. A suécia e a Dinamarca lideram um ranking que não queriam.

7º Dinamarca
Linus Hook
26 de Novembro de 2017 às 11:00
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"Mesmo sendo o nosso clima tão mau quanto o do Reino Unido, nós ainda temos muito a oferecer." Assim escreveu um ex-ministro da Economia dinamarquês no The Guardian, neste mês, na tentativa de atrair trabalhadores qualificados europeus preocupados com o Brexit.

 

A indústria escandinava há muito que se queixa da escassez. E agora tem um aliado. A Hays, uma firma especializada em recrutamento, publicou o seu relatório anual mais recente sobre a oferta e procura de trabalhadores qualificados em 33 grandes economias.

 

O Global Skills Index (Índice Global de Talentos), compilado com a ajuda da Oxford Economics, utiliza sete indicadores (desde flexibilidade educacional até à pressão salarial em trabalhos altamente qualificados) para quantificar a facilidade ou a dificuldade de as empresas atraírem e reterem os trabalhadores mais talentosos (uma pontuação acima de 5 sugere que o mercado de trabalho está sob pressão).

 

Assim como no ano passado, a líder do índice é a Suécia, onde a procura por mão-de-obra especializada ultrapassa de longe a oferta, razão pela qual os salários dos sectores altamente qualificados têm vindo a subir. O desequilíbrio é tão acentuado que a Suécia corre o risco de ficar de fora do grupo de países europeus com forte crescimento, segundo Torbjorn Halldin, economista da Confederação Sueca de Empresas.

 

A terceira classificada é a Dinamarca, cuja pontuação aumentou mais do que a de qualquer outro país neste ano. A Confederação da Indústria Dinamarquesa afirmou que os resultados estão em linha com suas próprias conclusões de que "quase 4 em cada 10 das nossas empresas associadas têm tido dificuldades para recrutar funcionários qualificados".

 

O vice-director Steen Nielsen atribui parte da culpa à decisão da Dinamarca de aumentar o montante de dinheiro que um trabalhador de fora da UE deve ganhar para se qualificar para um visto de trabalho. A decisão foi impulsionada pelo Partido Social-Democrata, da oposição, e pelo Partido Popular Dinamarquês, nacionalista, como parte dos esforços conjuntos para reduzir a chegada de trabalhadores estrangeiros ao país.

 

Entre as principais actividades mais procuradas estão a contabilidade, na Suécia, e desenvolvimento de software, na Dinamarca.

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