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Desemprego registado renova mínimos desde 2008. Maior quebra é no Algarve
Há agora 416 mil desempregados oficialmente inscritos nos centros de emprego, o número mais baixo em mais de oito anos. As quebras mais expressivas deram-se no Algarve, onde o número de inscritos caiu 27% num ano, e no sector da construção.
O número de desempregados oficialmente registados como tal nos centros de emprego caiu para 416 mil pessoas, número que volta a ser o mais baixo desde o final de 2008. A quebra é de 16% em termos homólogos e de 0,5% face ao mês anterior, reduções menos expressivas do que as que foram registadas nos últimos meses.
Também o número de novos desempregados inscritos ao longo do mês (o chamado "fluxo) continua a cair 8,3% em termos homólogos, apesar de ter aumentado face ao mês anterior (5,1%) de acordo com os dados oficiais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Ao longo do mês de Julho inscreveram-se nos centros de emprego mais de 43 mil pessoas.
Maiores quebras no Algarve e na construção
Foi no Algarve que se registou a maior quebra do número de desempregados inscritos, mesmo quando a análise é feita face a período homólogo: a redução foi de 26,9%, bastante superior à média nacional (de 16,4%).
Em relação ao mês de Junho, o desemprego registado caiu 6,5% no Algarve, tendo aumentado no Alentejo (+1%) e de forma mais ligeira no Centro (0,2%).
Os dados oficiais do INE relativos ao segundo trimestre do ano apontavam para 461 mil pessoas oficialmente consideradas desempregadas e já revelava o contribuito da hotelaria e restauração para a criação de emprego nos últimos meses.
Por sectores, os dados do IEFP revelam que é a construção que regista o maior recuo homólogo do número de desempregados registados (27,7%). Este é também o sector que mais contribui, em termos absolutos, para a quebra de desempregados registados (menos 13 mil pessoas num ano), seguido das actividades imobiliárias (menos 11 mil desempregados registados num ano).
Ofertas e colocações continuam a cair
Os dados relativos a Julho também confirmam que tem sido menor a intervenção dos centros de emprego no mercado de trabalho: continuam a cair as ofertas (4% ao longo de Julho face a período homólogo) e as colocações (23%).