Notícia
CCT da Petrogal quer concurso interno para integrar trabalhadores da refinaria de Matosinhos
Em comunicado, a CCT da empresa do grupo Galp Energia diz que "foi com perplexidade" que verificou a existência de "concursos externos" quando decorre um despedimento coletivo na refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, e defende que "é imperativo a abertura de um concurso interno que abranja todos os trabalhadores".
06 de Julho de 2021 às 17:17
A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal disse hoje que exigiu à administração a abertura de um concurso interno de recrutamento para possibilitar a integração dos trabalhadores apontados para o despedimento coletivo na refinaria de Matosinhos.
Em comunicado, a CCT da empresa do grupo Galp Energia diz que "foi com perplexidade" que verificou a existência de "concursos externos" quando decorre um despedimento coletivo na refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, e defende que "é imperativo a abertura de um concurso interno que abranja todos os trabalhadores".
"Desde o início do processo de despedimento coletivo dos trabalhadores da Refinaria do Porto, a CCT reclama a integração de todos os trabalhadores em outras áreas da empresa ou mesmo em outras do grupo", diz a estrutura.
Segundo acrescenta, "a figura do concurso interno acompanhado da formação necessária para que os trabalhadores ficassem aptos a desempenhar as novas funções" foi uma solução apontada pela CCT e colocada em cima da mesa na última reunião de junho com a administração.
A CCT conta que registou na reunião "a disponibilidade" da administração para considerar alguns trabalhadores, criticando assim a empresa por ter, contudo, avançado com concursos externos.
"A figura do concurso interno, reforce-se, na lógica de todo o grupo, também assume uma importância maior com a apresentação do plano estratégico que, espantosamente não refere a criação de postos de trabalho", realça a CCT.
"A CCT pretende que a administração considere e informe em todos os concursos internos, entendidos dentro da empresa e grupo, os trabalhadores do despedimento coletivo e também que abra uma bolsa de formação com os mesmos trabalhadores para que sejam reintegrados", reforça a comissão de trabalhadores.
Para a CCT, "os concursos internos vão surgindo com regularidade e mostram que há necessidade e possibilidade de integrar todos os trabalhadores apontados para despedimento no seio do grupo".
A Lusa questionou a Galp e aguarda respostas sobre o assunto.
A Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos, no distrito do Porto, no dia 30 de abril, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.
Neste sentido, a empresa vai dar início a um despedimento coletivo de cerca de 150 trabalhadores desta refinaria e chegou a acordo com 40% dos cerca de 400 colaboradores.
A petrolífera justificou a "decisão complexa" de encerramento da refinaria de Matosinhos com base numa avaliação do contexto europeu e mundial da refinação, bem como nos desafios de sustentabilidade, a que se juntaram as características das instalações.
Após ter decidido o encerramento da refinaria, a Galp encetou conversas individuais com os 401 trabalhadores em causa, chegando a acordo com mais de 40%.
"Dentro desses, mais de 100 continuarão a sua atividade, quer no parque logístico de Matosinhos, que manterá as suas funções de abastecimento ao mercado de combustíveis do Norte do país, quer por via da mobilidade interna para as áreas das renováveis, inovação, novos negócios e também para a refinaria de Sines", adiantou à Lusa, em maio, o administrador da Galp Carlos Silva.
Por outro lado, mais 30% do total dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos irão manter-se, pelo menos, até janeiro de 2024, no âmbito das operações de desmantelamento e descontinuação.
O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.
Em comunicado, a CCT da empresa do grupo Galp Energia diz que "foi com perplexidade" que verificou a existência de "concursos externos" quando decorre um despedimento coletivo na refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, e defende que "é imperativo a abertura de um concurso interno que abranja todos os trabalhadores".
Segundo acrescenta, "a figura do concurso interno acompanhado da formação necessária para que os trabalhadores ficassem aptos a desempenhar as novas funções" foi uma solução apontada pela CCT e colocada em cima da mesa na última reunião de junho com a administração.
A CCT conta que registou na reunião "a disponibilidade" da administração para considerar alguns trabalhadores, criticando assim a empresa por ter, contudo, avançado com concursos externos.
"A figura do concurso interno, reforce-se, na lógica de todo o grupo, também assume uma importância maior com a apresentação do plano estratégico que, espantosamente não refere a criação de postos de trabalho", realça a CCT.
"A CCT pretende que a administração considere e informe em todos os concursos internos, entendidos dentro da empresa e grupo, os trabalhadores do despedimento coletivo e também que abra uma bolsa de formação com os mesmos trabalhadores para que sejam reintegrados", reforça a comissão de trabalhadores.
Para a CCT, "os concursos internos vão surgindo com regularidade e mostram que há necessidade e possibilidade de integrar todos os trabalhadores apontados para despedimento no seio do grupo".
A Lusa questionou a Galp e aguarda respostas sobre o assunto.
A Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos, no distrito do Porto, no dia 30 de abril, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.
Neste sentido, a empresa vai dar início a um despedimento coletivo de cerca de 150 trabalhadores desta refinaria e chegou a acordo com 40% dos cerca de 400 colaboradores.
A petrolífera justificou a "decisão complexa" de encerramento da refinaria de Matosinhos com base numa avaliação do contexto europeu e mundial da refinação, bem como nos desafios de sustentabilidade, a que se juntaram as características das instalações.
Após ter decidido o encerramento da refinaria, a Galp encetou conversas individuais com os 401 trabalhadores em causa, chegando a acordo com mais de 40%.
"Dentro desses, mais de 100 continuarão a sua atividade, quer no parque logístico de Matosinhos, que manterá as suas funções de abastecimento ao mercado de combustíveis do Norte do país, quer por via da mobilidade interna para as áreas das renováveis, inovação, novos negócios e também para a refinaria de Sines", adiantou à Lusa, em maio, o administrador da Galp Carlos Silva.
Por outro lado, mais 30% do total dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos irão manter-se, pelo menos, até janeiro de 2024, no âmbito das operações de desmantelamento e descontinuação.
O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.