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Sonae lança Prémio Educação de 100 mil euros: “O que hoje estudamos amanhã já estará obsoleto”

Prémio vai distinguir projetos inovadores que tenham como objetivo eliminar ou mitigar fatores de desigualdade ou exclusão, contribuindo para a melhoria das qualificações da população. Candidaturas decorrem até 30 de junho.

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03 de Maio de 2023 às 10:30
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Por considerar que o seu próprio percurso só foi possível devido às oportunidades que teve para desenvolver o seu potencial através dos estudos, o já falecido empresário Belmiro de Azevedo também promoveu um forte investimento na Educação e na formação, num país em que mais de um quinto das crianças com menos de 18 anos viviam em situação de pobreza ou exclusão social em 2021.

 

Uma prioridade do carismático empresário que extravasou as fronteiras da Sonae, tendo conduzido à criação da EDULOG, um "think tank" dedicado à Educação, e ao surgimento, em 2008, do Colégio Efanor, em Matosinhos, que é líder no ranking das escolas em Portugal. Ambos pertencem à fundação com o seu nome.

 

3 de maio de 2023: "A Sonae lançou hoje um prémio no valor de 100 mil euros com o objetivo de facilitar o acesso e promover a inovação no ensino em Portugal", revela o grupo controlado pela família Azevedo, em comunicado.

 

O "Prémio Sonae Educação" tem como objetivo "distinguir e apoiar projetos inovadores de melhoria dos modelos de aprendizagem e de promoção do acesso à Educação, contribuindo para eliminar ou mitigar fatores de desigualdade ou exclusão social".

 

Abertas a partir desta quarta-feira, em premiosonaeeducacao.pt , as candidaturas prolongam-se até ao dia 30 de junho.

 

Os vencedores "serão conhecidos no último trimestre do ano", podendo beneficiar de até 50 mil euros por projeto.

"Vivemos numa sociedade em profunda mudança, onde o que hoje estudamos amanhã já estará obsoleto. É fundamental garantir o acesso contínuo a modelos de educação inovadores que se reinventem ao longo do tempo", começa por afirmar João Günther Amaral, membro da comissão executiva da Sonae.

 

"A educação desempenha, por isso mesmo, um papel fundamental no desenvolvimento social e económico das nossas sociedades, ao ser essencial para a existência de indivíduos informados e tolerantes, para o crescimento sustentável e para combater as desigualdades. Daí a nossa aposta num Prémio de Educação, que privilegia o acesso inclusivo e a modernização dos atuais modelos de ensino, a maior parte deles sem evolução ao longo das últimas décadas", explica o mesmo gestor do grupo liderado por Cláudia Azevedo.

 

As candidaturas ao Prémio Sonae Educação estão abertas para iniciativas em todas as fases do ciclo de aprendizagem, desde o pré-escolar até à formação superior, passando pela formação e requalificação ao longo da vida de profissionais no ativo ou no desemprego.

 

Podem concorrer entidades coletivas, com ou sem fins lucrativos, com projetos centrados no impacto social da sua intervenção na área da Educação, qualificação ou requalificação, em qualquer fase de maturidade, e que visem "eliminar ou mitigar fatores de desigualdade ou exclusão, contribuindo para a melhoria das qualificações da população".

 

O júri do "Prémio Sonae Educação" é composto por Domingos Fernandes, presidente do Conselho Nacional de Educação; Neuza Pedro, investigadora no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa; Inês Sequeira, fundadora e diretora da Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; David Justino, da Fundação Belmiro de Azevedo e membro do conselho EDULOG; e João Günther Amaral, membro da comissão executiva da Sonae.

 

No âmbito da sua avaliação, e de acordo com o regulamento, júri valorizará:

 

- Projetos focados na criação de oportunidades de educação, qualificação ou requalificação, e que prevejam na sua atuação a inclusão de beneficiários em situação de desigualdade no acesso a estas oportunidades;

 

- Projetos focados no impacto, que procurem mudanças efetivas para os beneficiários e tenham como objetivo criar oportunidades no âmbito da educação, qualificação ou requalificação, seja ao nível do acesso a abordagens e conteúdos ou à aquisição de competências específicas;

 

- Projetos que introduzam fatores de inovação na forma de ensinar e/ou aprender;

 

- Projetos que evidenciem potencial de escala ou replicação;

 

- Projetos que definam como indicadores de sucesso as melhorias conseguidas pelos beneficiários nos seus níveis de educação, qualificação ou requalificação e/ou emprego;

 

- Projetos que atuem em qualquer fase do ciclo de aprendizagem, da pré-escola ao reskilling no mundo do trabalho.

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