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Sonae aumenta em 50% o prémio do “mais poderoso elevador social”

O Prémio Sonae Educação, cuja segunda edição acaba de arrancar, está agora também aberto a escolas públicas, tendo o valor monetário aumentado para 150 mil euros.

Rui Neves ruineves@negocios.pt 02 de Maio de 2024 às 11:30

Belmiro de Azevedo (1938 - 2017) priorizou a Educação e a formação, promovendo o investimento nas pessoas, consciente de que o seu próprio percurso "só foi possível devido às oportunidades que os estudos lhe proporcionaram para desenvolver o seu potencial".

 

Este seu legado materializou-se ao longo dos anos, extravasando as fronteiras da Sonae, com a criação de um "think tank" dedicado à Educação (EDULOG) e o surgimento, em 2008, do Colégio Efanor, em Matosinhos, sendo que ambos pertencem à Fundação Belmiro de Azevedo.

 

Entretanto, em maio do ano passado o grupo sediado na Maia lançava o Prémio Sonae Educação para "promover a inovação e a inclusão na educação em Portugal", distinguindo projetos que "contribuam para melhorar o acesso e a qualidade da educação em Portugal, em todas as fases do ciclo de aprendizagem".

 

"Depois do sucesso da primeira edição, com mais de 400 candidaturas", este ano a Sonae decidiu aumentar em 50% o valor monetário do prémio, de 100 mil para 150 mil euros, "visando estimular o surgimento de mais iniciativas inovadoras na área da Educação em Portugal e reforçar o número de projetos apoiados", explica o grupo liderado por Cláudia Azevedo, em comunicado.

"O objetivo é premiar projetos que promovam abordagens educativas inovadoras e que, por via da educação, qualificação ou requalificação, contribuam para a mitigação de fatores de desigualdade ou exclusão, fomentando uma sociedade mais inclusiva, capacitada e resiliente", detalha a Sonae.

"A Educação é o mais poderoso elevador social, fundamental para acelerar o desenvolvimento individual e da sociedade, e para combater as desigualdades", considera João Günther Amaral, membro do júri e administrador executivo da Sonae, afirmando que "as mais de 400 candidaturas da primeira edição mostraram-nos que o Prémio Sonae Educação pode mesmo fazer a diferença no trabalho de organizações essenciais para a melhoria da qualidade do ensino no país".

 

Daí que, nesta segunda edição, o promotor tenha aumentado o valor do prémio e aberto a iniciativa a todas as entidades, incluindo escolas públicas, reconhecendo a qualidade dos projetos e o seu potencial de impacto.

 

"Desta forma, esperamos continuar a reforçar o nosso contributo para a modernização dos modelos de ensino atuais e para o aumento da igualdade de oportunidades para todos", conclui João Günther Amaral.

NoCode Institute e EKUI ganharam a primeira edição

 

As candidaturas estão abertas até ao dia 30 de junho de 2024.

 

"As entidades podem candidatar-se com um ou mais projetos, mas apenas um poderá ser premiado", ressalva a Sonae, adiantando que o prémio será dividido por três ou mais projetos.

Na primeira edição, o Prémio Sonae Educação distinguiu os projetos apresentados pelo NoCode Institute e pela EKUI.

 

O NoCode Institute concorreu com uma plataforma digital que tem a missão de requalificar e relançar carreiras de profissionais em risco pela economia digital, cujo objetivo passa por democratizar as competências de construção de software através da programação visual.

 

Já a EKUI (acrónimo para Equidade, Knowledge, Universalidade e Inclusão) é um projeto que visa eliminar barreiras na comunicação linguística. "O objetivo é permitir que crianças, jovens e adultos, independentemente das respetivas necessidades especiais, possam universalmente compreender-se uns aos outros", explica a Sonae, sinalizando que "esta comunicação é concretizada através de uma metodologia de alfabetização e reabilitação inclusiva, que combina quatro formas de comunicação: a gráfica, o braille, a língua gestual e o alfabeto fonético".

 

A primeira edição teve também como finalistas projetos desenvolvidos por entidades como a Associação Academia do Johnson Semedo, a Associação de Escolas 20 (Segunda Oportunidade), a Associação Pontinclusiva, a Brother in Arms, o Instituto de Desenvolvimento e Inclusão Social – IDIS, a Maker Toolbox, Lda, a Social Innovation Sportshub Associação e a Universidade Católica Portuguesa, o Centro Regional de Braga e a Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais.

 

(Notícia atualizada às 11:44)

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