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Sonae aumenta em 50% o prémio do “mais poderoso elevador social”
O Prémio Sonae Educação, cuja segunda edição acaba de arrancar, está agora também aberto a escolas públicas, tendo o valor monetário aumentado para 150 mil euros.
Belmiro de Azevedo (1938 - 2017) priorizou a Educação e a formação, promovendo o investimento nas pessoas, consciente de que o seu próprio percurso "só foi possível devido às oportunidades que os estudos lhe proporcionaram para desenvolver o seu potencial".
Este seu legado materializou-se ao longo dos anos, extravasando as fronteiras da Sonae, com a criação de um "think tank" dedicado à Educação (EDULOG) e o surgimento, em 2008, do Colégio Efanor, em Matosinhos, sendo que ambos pertencem à Fundação Belmiro de Azevedo.
Entretanto, em maio do ano passado o grupo sediado na Maia lançava o Prémio Sonae Educação para "promover a inovação e a inclusão na educação em Portugal", distinguindo projetos que "contribuam para melhorar o acesso e a qualidade da educação em Portugal, em todas as fases do ciclo de aprendizagem".
"Depois do sucesso da primeira edição, com mais de 400 candidaturas", este ano a Sonae decidiu aumentar em 50% o valor monetário do prémio, de 100 mil para 150 mil euros, "visando estimular o surgimento de mais iniciativas inovadoras na área da Educação em Portugal e reforçar o número de projetos apoiados", explica o grupo liderado por Cláudia Azevedo, em comunicado.
"O objetivo é premiar projetos que promovam abordagens educativas inovadoras e que, por via da educação, qualificação ou requalificação, contribuam para a mitigação de fatores de desigualdade ou exclusão, fomentando uma sociedade mais inclusiva, capacitada e resiliente", detalha a Sonae.
"A Educação é o mais poderoso elevador social, fundamental para acelerar o desenvolvimento individual e da sociedade, e para combater as desigualdades", considera João Günther Amaral, membro do júri e administrador executivo da Sonae, afirmando que "as mais de 400 candidaturas da primeira edição mostraram-nos que o Prémio Sonae Educação pode mesmo fazer a diferença no trabalho de organizações essenciais para a melhoria da qualidade do ensino no país".
Daí que, nesta segunda edição, o promotor tenha aumentado o valor do prémio e aberto a iniciativa a todas as entidades, incluindo escolas públicas, reconhecendo a qualidade dos projetos e o seu potencial de impacto.
"Desta forma, esperamos continuar a reforçar o nosso contributo para a modernização dos modelos de ensino atuais e para o aumento da igualdade de oportunidades para todos", conclui João Günther Amaral.
NoCode Institute e EKUI ganharam a primeira edição
As candidaturas estão abertas até ao dia 30 de junho de 2024.
"As entidades podem candidatar-se com um ou mais projetos, mas apenas um poderá ser premiado", ressalva a Sonae, adiantando que o prémio será dividido por três ou mais projetos.
Na primeira edição, o Prémio Sonae Educação distinguiu os projetos apresentados pelo NoCode Institute e pela EKUI.
O NoCode Institute concorreu com uma plataforma digital que tem a missão de requalificar e relançar carreiras de profissionais em risco pela economia digital, cujo objetivo passa por democratizar as competências de construção de software através da programação visual.
Já a EKUI (acrónimo para Equidade, Knowledge, Universalidade e Inclusão) é um projeto que visa eliminar barreiras na comunicação linguística. "O objetivo é permitir que crianças, jovens e adultos, independentemente das respetivas necessidades especiais, possam universalmente compreender-se uns aos outros", explica a Sonae, sinalizando que "esta comunicação é concretizada através de uma metodologia de alfabetização e reabilitação inclusiva, que combina quatro formas de comunicação: a gráfica, o braille, a língua gestual e o alfabeto fonético".
A primeira edição teve também como finalistas projetos desenvolvidos por entidades como a Associação Academia do Johnson Semedo, a Associação de Escolas 20 (Segunda Oportunidade), a Associação Pontinclusiva, a Brother in Arms, o Instituto de Desenvolvimento e Inclusão Social – IDIS, a Maker Toolbox, Lda, a Social Innovation Sportshub Associação e a Universidade Católica Portuguesa, o Centro Regional de Braga e a Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais.
(Notícia atualizada às 11:44)