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Raio-x à Sonae: Vale 259 mil empregos e “calça” tanto PIB como a pasta e papel

O maior empregador de Portugal, sendo responsável por mais do que a soma de todos os trabalhadores das autarquias do país, contribui com 8,9 mil milhões de euros para o PIB, ou seja, 3,7% da economia nacional, e com 17,8 mil milhões de euros para o volume de negócios luso.

16 de Maio de 2024 às 11:00
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É quase impossível imaginar Portugal sem a Sonae. Fazer compras no Continente, adquirir eletrodomésticos e dispositivos eletrónicos na Worten, ir ao NorteShopping ou ao Colombo, ver televisão, pesquisar na internet e falar ao telemóvel através da Nos, renovar o "closet" na Salsa ou na Mo, entre muitas outros produtos e marcas, acaba por levar os portugueses a cruzarem-se regulamente com insígnias do grupo controlado pela família Azevedo.

 

Pela sua dimensão e abrangência, operando em setores tão diversificados, do retalho à tecnologia, com destaque para a distribuição alimentar, faz do grupo Sonae um consumidor e cliente de referência na economia portuguesa.

 

Ora, com o apoio do grupo sediado na Maia, a Nova School of Business & Economics (SBE) divulga esta quinta-feira um estudo que traça o impacto económico da Sonae na economia nacional.

 

Primeira grande conclusão: a Sonae é o maior empregador privado nacional. Além dos seus cerca de 47 mil trabalhadores, a atividade do grupo gerou 212 mil empregos no resto da economia.

 

"No total, estes 259 mil empregos representam 4,8% do total de emprego privado nacional e 4,2% do emprego em Portugal. Ou seja, 1 em cada 23 empregos em Portugal está direta ou indiretamente ligado à atividade da Sonae", sublinham a autora do estudo e o grupo liderado por Cláudia Azevedo, em comunicado, enfatizando que a Sonae é responsável por "mais do que a soma de todos os trabalhadores de todas as autarquias do país".

 

Segundo o mesmo estudo, que utiliza dados de 2022, o Grupo Sonae é responsável por 3,7% do produto interno bruto português, contribuindo com 8,9 mil milhões de euros para o PIB e com 17,8 mil milhões de euros para o volume de negócios de Portugal, somando toda a cadeia de valor.

 

"O valor das vendas, por si só, correspondeu a 1,8% do total de produção em Portugal", sublinha, calculando que o valor em causa corresponde a "mais do dobro do montante total do PRR dirigido às empresas", é "superior à produção do setor do vestuário e calçado combinados, ou a todo o setor da produção da pasta e do papel, na economia nacional".

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Em termos de impacto fiscal, contabilizando toda a cadeia de valor, o estudo refere que a atividade da Sonae resulta no pagamento de mais de 1,6 mil milhões de euros em receitas ?scais (num só ano), dos quais 805 milhões de euros correspondem a impostos pagos pelo grupo, a contribuições para a segurança social e ao IRS retido pelos seus trabalhadores.

 

Trata-se de um valor que "é superior ao total do dé?ce das administrações públicas veri?cado no ano de 2022, assim como aos investimentos feitos em serviços hospitalares pela Administração Pública nos anos de 2018 a 2021 (que incluíram a pandemia de covid-19)", realça o estudo.

 

Em termos de investimento, o Grupo Sonae apresentou valores de Capex (despesas de capital) superiores a 700 milhões de euros por ano (em termos reais, a preços de 2022), por vários anos consecutivos.

 

"O Grupo Sonae apostou em Portugal em períodos críticos para a economia nacional, através de contributos muito superiores aos de outros setores industriais que, tradicionalmente, são referidos como importantes motores da economia nacional", afirma a equipa de investigadores da Nova SBE liderada por Pedro Brinca, João Duarte e João Pedro Ferreira (Universidade da Virgínia), tendo os trabalhos decorrido durante um período de 12 meses.

 

O estudo da Nova SBE conclui que "o Grupo Sonae é um importante motor do crescimento económico do país, ao mesmo tempo que serve simultaneamente de estímulo e almofada para a economia nacional em tempos de crise".

Se Portugal crescesse como Sonae, PIB per capita "seria maior do que o espanhol"

 

O trabalho sublinha que "o forte crescimento da Sonae contribui para o sucesso nacional", salientando que entre 2009 e 2022 Portugal cresceu a uma taxa anual de 0,6% enquanto o grupo Sonae cresceu 2,1% anualmente.

 

Assim, se a economia portuguesa "tivesse crescido ao ritmo do grupo Sonae entre 2009 e 2022, o PIB per capita em paridade de poder de compra em Portugal seria maior do que o espanhol em 2022 e Portugal subiria da 20.ª para a 13.ª posição na economia da zona Euro", calculam os mesmo autores do estudo.

 

"A par disto, nos anos de 2013 e 2014 a Sonae recuperou da crise muito mais rapidamente que a média nacional e contribuiu para uma mais rápida recuperação da economia nacional", conclui.

 

Ainda de acordo com o mesmo estudo, "a evolução positiva do grupo Sonae aconteceu ao mesmo tempo que o grupo se foi reforçando em termos dos seus trabalhadores e em que aumentou o salário médio".

 

Isto significa, conclui, que "os ganhos de produtividade da Sonae também têm tido uma contribuição relevante para o aumento do emprego na economia nacional e não apenas para o aumento do volume de negócios do grupo".

Para Pedro Brinca, este estudo "demonstra que a Sonae é um importante motor de crescimento da economia, não só pelo seu elevado desempenho enquanto grupo ao longo dos anos, mas, acima de tudo, porque faz o resto da cadeia de valor de fornecedores nacionais crescer".

 

Já João Günther Amaral, administrador executivo da Sonae, começa por congratular-se pelas conclusões do estudo: "Os resultados de impacto apurados pela Nova SBE deixam-nos orgulhosos, pois confirmam o talento e a excelência das nossas equipas e dos nossos negócios, também reconhecidos pelo nosso excecional ecossistema de clientes, fornecedores e parceiros."

 

"Estes resultados ajudam a quantificar o impacto da nossa atividade na vida das pessoas e revelam que os bons resultados do grupo Sonae são positivos para o país. Estamos determinados a continuar a gerir e a crescer de forma responsável, promovendo mais e melhor emprego, fomentando a inovação na economia, contribuindo para o desenvolvimento regional, sendo mais inclusivos e equitativos e respeitando os limites do planeta", remata Amaral.

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