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Sonae Sierra junta-se a norte-americanos para comprar hotéis. Já tem um no Porto

O braço imobiliário do grupo Sonae firmou uma “joint venture” com a PGIM, da seguradora norte-americana Prudential, para adquirir hotéis em Portugal e Espanha, tendo já um em carteira, a abrir em breve no Porto, e quatro sinalizados em território nacional.

Rui Neves ruineves@negocios.pt 09 de Abril de 2024 às 13:00
"A Sonae Capital gere hotéis, nós vamos deter hotéis", esclareceu Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra, quando questionado pelo Negócios sobre a nova área de negócio do braço imobiliário do grupo liderado por Cláudia Azevedo, esta terça-feira, na Maia, num encontro com jornalistas.

Fernando Guedes de Oliveira tinha acabado de revelar que a Sonae Sierra deu mais um passo na sua estratégia de diversificação, tanto do ponto de vista setorial como de tipo de investimento: firmou uma "joint venture" com a PGIM, braço imobiliário da gigante seguradora norte-americana Prudential, que visa a aquisição de hotéis em Portugal e Espanha.

Uma parceria controlada pela PGIM Real Estate, com cerca de 80%, e onde a Sonae detém 10%, detalhou o responsável do grupo português. 

A sociedade veículo desta nova área de negócio da Sonae Sierra conta também com a equipa de gestão operacional na área da hotelaria da Iberian Hospitality Solutions (IHSP), liderada por Gonçalo Batalha, com uma participação acionista também próxima dos 10%. 

A primeira aquisição da "joint venture" luso-americana "é um hotel de categoria superior em pleno centro do Porto, que tem inauguração prevista para a segunda metade de 2024", mas que os responsáveis da Sonae Sierra não quiseram ainda identificar.

E tem mais quatro sinalizados, "no Porto, em Lisboa e no Algarve", avançou Luís Mota Duarte, CFO da Sonae Sierra, calculando que este portfólio deverá corporizar o objetivo de ter "150 a 200 milhões de euros sob gestão dentro de dois anos".

"Este é o nosso primeiro veículo dedicado à hotelaria, o que comprova a nossa ambição de cobrir o espetro completo de classes de ativos e setores com competências específicas, incluindo a nossa recente aquisição no Porto", afirma o responsável financeiro da Sonae Sierra, em comunicado.

Já Gonçalo Batalha considera que, "no atual contexto de mercado, marcado por taxas de juro mais elevadas e por requisitos de investimento consideráveis para restabelecer padrões de qualidade mais elevados na hotelaria", a IHSP vê "nesta nova plataforma a oportunidade de obter retornos superiores ajustados pelo risco".

"Acreditamos numa tendência positiva a longo prazo para o setor do turismo, uma vez que a percentagem de rendimentos alocada a experiências continua a crescer, fortemente suportada por um conjunto de fatores estruturais atrativos", sustenta Batalha.

 

Por sua vez, Nabil Mabed, head of France, Spain and Portugal na PGIM Real Estate, considera que "o mercado hoteleiro e de lazer é, desde há muito tempo, um setor fundamental para a economia ibérica", sendo que "Portugal é um dos principais mercados hoteleiros do sul da Europa, atraindo uma procura internacional crescente, e com potencial significativo decorrente de melhorias na qualidade da oferta para satisfazer as exigências da procura internacional".

 

"Na atual conjuntura, os investidores procuram investimentos que acrescentem valor, que ofereçam proteção face à inflação e que gerem fluxos de caixa para obterem retornos atrativos", pelo que a estratégia da PGIM " tem como objetivo consolidar os operadores locais e melhorar a qualidade da oferta para os hóspedes".

 

"A nossa parceria com a Sonae Sierra e a IHSP e a aquisição do primeiro hotel no Porto confirmam as nossas perspetivas positivas para a região e a estratégia implementada", remata Nabil Mabed.

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