Notícia
Professores anunciam novas ações de luta após greve por distritos com 80% de adesão
A "caravana de professores" anunciada esta sexta-feira pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, em nome da plataforma de nove organizações, vai percorrer o país de norte a sul durante sete dias pela Estrada Nacional (EN) 2, partindo de Chaves até Faro.
12 de Maio de 2023 às 19:02
A plataforma sindical de professores vai voltar a percorrer o país a partir de 22 de maio, numa nova ação de luta após a greve por distritos, que terminou hoje com 80% de adesão em Lisboa.
A "caravana de professores" anunciada hoje pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, em nome da plataforma de nove organizações, vai percorrer o país de norte a sul durante sete dias pela Estrada Nacional (EN) 2, partindo de Chaves até Faro.
"Vamos percorrer, pela EN2, todas as localidades, com contactos com a população, plenários nas escolas, levando até Faro esta luta", disse Mário Nogueira em declarações aos jornalistas, no final de uma concentração na praça do Rossio, em Lisboa, que juntou cerca de uma centena de professores.
A nova ação de luta realiza-se após uma greve por distritos, durante 18 dias, que terminou hoje em Lisboa. De acordo com o balanço feito pelo líder da Fenprof, nos vários distritos, a adesão à greve rondou os 80%.
À semelhança das anteriores, a nova iniciativa serve para insistir naquelas que têm sido as principais reivindicações dos docentes: a recuperação integral do tempo de serviço e a eliminação das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões.
São exigências das quais os docentes parecem não estar dispostos a abdicar e, na sua intervenção para os colegas concentrados no Rossio, Mário Nogueira chegou mesmo a afirmar: "Mais depressa cai um ministro do que os professores".
Por isso, as organizações sindicais não afastam a possibilidade de a contestação se estender até ao início do próximo ano letivo e, além da iniciativa anunciada hoje, têm também previstas uma greve nacional e duas manifestações em 06 de junho, uma concentração em Peso da Régua, durante as comemorações do 10 de junho, e a greve às avaliações continua em cima da mesa.
"Se nós tivermos de chegar às avaliações finais e aos exames e fazer greve, o senhor ministro da Educação deve ponderar se tem condições políticas para continuar, porque tem a obrigação para encontrar, até lá uma saída para esta situação", disse o secretário-geral da Fenprof, insistindo que a decisão de não recuperar o tempo de serviço é por "obstinação do primeiro-ministro" que, em 2019, ameaçou demitir-se se uma proposta nesse sentido fosse aprovada.
Por outro lado, o dirigente sindical considerou que não tem havido esforço por parte do Governo para responder às reivindicações dos professores e que os aspetos positivos no novo regime de concursos e nas medidas agora em negociação resultam da contestação, apesar de prevalecerem vários aspetos negativos.
"Vai ser com essa luta que vão contar o tempo de serviço, (...) porque os professores nunca vão desistir de lutar por algo que é seu", sublinhou, acrescentando que os docentes "vão até onde for preciso para recuperar" o tempo de serviço.
Elisabete Zagalo partilha a mesma opinião e sublinha: "Não estamos a pedir nada que não seja nosso por direito, é tempo de serviço que nós cumprimentos".
Professora de Educação Visual e Tecnológica há cerca de 23 anos, Elisabete contou à Lusa que já deveria estar no 7.º escalão, mas devido às alterações da carreira docente e ao período do congelamento, ainda não conseguiu passar do 3.º escalão.
Situação semelhante é a de Tito Gomes, professor de Educação Física em Rio Maior que, mesmo assim, fez questão de estar presente na concentração em Lisboa.
"Já fui prejudicado várias vezes", disse à Lusa, explicando que só recentemente conseguiu passar para o 4.º escalão, apesar de ser professor há mais de 20 anos. À semelhança de Mário Nogueira e de Elisabete Zagalo, também acredita que, desta vez, os docentes não vão parar.
A "caravana de professores" anunciada hoje pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, em nome da plataforma de nove organizações, vai percorrer o país de norte a sul durante sete dias pela Estrada Nacional (EN) 2, partindo de Chaves até Faro.
A nova ação de luta realiza-se após uma greve por distritos, durante 18 dias, que terminou hoje em Lisboa. De acordo com o balanço feito pelo líder da Fenprof, nos vários distritos, a adesão à greve rondou os 80%.
À semelhança das anteriores, a nova iniciativa serve para insistir naquelas que têm sido as principais reivindicações dos docentes: a recuperação integral do tempo de serviço e a eliminação das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões.
São exigências das quais os docentes parecem não estar dispostos a abdicar e, na sua intervenção para os colegas concentrados no Rossio, Mário Nogueira chegou mesmo a afirmar: "Mais depressa cai um ministro do que os professores".
Por isso, as organizações sindicais não afastam a possibilidade de a contestação se estender até ao início do próximo ano letivo e, além da iniciativa anunciada hoje, têm também previstas uma greve nacional e duas manifestações em 06 de junho, uma concentração em Peso da Régua, durante as comemorações do 10 de junho, e a greve às avaliações continua em cima da mesa.
"Se nós tivermos de chegar às avaliações finais e aos exames e fazer greve, o senhor ministro da Educação deve ponderar se tem condições políticas para continuar, porque tem a obrigação para encontrar, até lá uma saída para esta situação", disse o secretário-geral da Fenprof, insistindo que a decisão de não recuperar o tempo de serviço é por "obstinação do primeiro-ministro" que, em 2019, ameaçou demitir-se se uma proposta nesse sentido fosse aprovada.
Por outro lado, o dirigente sindical considerou que não tem havido esforço por parte do Governo para responder às reivindicações dos professores e que os aspetos positivos no novo regime de concursos e nas medidas agora em negociação resultam da contestação, apesar de prevalecerem vários aspetos negativos.
"Vai ser com essa luta que vão contar o tempo de serviço, (...) porque os professores nunca vão desistir de lutar por algo que é seu", sublinhou, acrescentando que os docentes "vão até onde for preciso para recuperar" o tempo de serviço.
Elisabete Zagalo partilha a mesma opinião e sublinha: "Não estamos a pedir nada que não seja nosso por direito, é tempo de serviço que nós cumprimentos".
Professora de Educação Visual e Tecnológica há cerca de 23 anos, Elisabete contou à Lusa que já deveria estar no 7.º escalão, mas devido às alterações da carreira docente e ao período do congelamento, ainda não conseguiu passar do 3.º escalão.
Situação semelhante é a de Tito Gomes, professor de Educação Física em Rio Maior que, mesmo assim, fez questão de estar presente na concentração em Lisboa.
"Já fui prejudicado várias vezes", disse à Lusa, explicando que só recentemente conseguiu passar para o 4.º escalão, apesar de ser professor há mais de 20 anos. À semelhança de Mário Nogueira e de Elisabete Zagalo, também acredita que, desta vez, os docentes não vão parar.