Os alunos do ensino básico e secundário que seguiram a via do ensino profissional a partir de 1989 têm uma vantagem salarial face aos estudantes que fizeram o percurso geral de ensino, no ensino básico (nono ano) ou secundário (12.º ano), segundo notícia avançada pelo jornal “OJE”.

A conclusão é dos alunos Sofia Oliveira e Pedro Freitas, alunos do mestrado em Economia da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), com base nos indivíduos que integraram estes cursos partir de 1989 e que, em 2009, se encontravam no mercado de trabalho.

A investigação está a ser conduzida por alunos do Nova Economics Club, que estão a analisar o ensino profissional do pós-25 de Abril, em Portugal. O grupo espera que os resultados do estudo possam auxiliar o debate e a tomada de decisões relativas ao investimento nas áreas educativas, refere a publicação.

“Da análise empírica até agora elaborada denota-se que, para aquele indivíduo que detém apenas o terceiro ciclo do ensino básico (nono ano de escolaridade), existe um ganho salarial resultante do facto de ter optado pelo ensino profissional”, explicou Pedro Freitas, citado pelo “OJE”.

Esta vantagem “foi também observada em trabalhadores que concluíram o ensino secundário, contudo, neste caso, apresenta maior volatilidade consoante a via de ensino profissional que tenha sido escolhida”, acrescentou.

Os alunos da Nova basearam-se em dados disponíveis para 643 mil indivíduos que passaram pelo ensino profissional, seleccionando aqueles que tinham menos de 36 anos de idade e se encontravam no mercado de trabalho em 2009.