O gabinete de António Costa, contactado pelo JN, não esclareceu se o primeiro-ministro estava a par do problema quando propôs a Marcelo Rebelo de Sousa a nomeação de Luís Filipe Mendes para o cargo deixado vago por João Soares há uma semana. Mas se Costa não sabia do caso, acrescenta o mesmo jornal, terá, no entanto, ficado a conhecê-lo anteontem, através das perguntas do JN. No currículo publicado, ontem, na página do Governo, já se dizia que o novo titular da Cultura representou Portugal apenas com "credenciais de embaixador".
O "embaixador Luís Filipe Carrilho de Castro Mendes", como foi tratado na página da Presidência na internet, não poderá, diz ainda o JN, invocar desconhecimento da decisão que anulou a sua promoção na carreira diplomática, da categoria de ministro plenipotenciário à de embaixador, já que era notificado dos actos praticados no processo, por neles ter estatuto de contra-interessado.