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Espanha testa confiança com emissão de 3,5 mil milhões de euros

Espanha vai hoje testar a confiança dos mercados com uma emissão de 3,5 mil milhões de euros de dívida, numa altura em que as preocupações dos investidores relativamente ao mercado de obrigações na Europa se agrava.

17 de Junho de 2010 às 09:27
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Espanha vai hoje testar a confiança dos mercados com uma emissão de 3,5 mil milhões de euros de dívida, numa altura em que as preocupações dos investidores relativamente ao mercado de obrigações na Europa se agrava.

O país planeia vender 3,5 mil milhões de euros em obrigações com maturidade a 10 e a 30 anos, segundo o Tesourou espanhol. A taxa de juro das obrigações espanholas a dez anos encontram-se no máximo de oito anos de 4,939%, ou seja 89 pontos base acima do que pagou na última emissão de 20 de Maio.

“É preciso assumir que foi feita um concessão suficientemente grande para que esta emissão seja feita” disse o gestor de fundos do Ignis Asset Management, Stuart Tomson à Bloomberg. “Existe um risco político considerável em Espanha, com a consolidação dos bancos de depósitos e as medidas orçamentais que ainda precisão de ser aprovadas. Os investidores têm razão em estar cautelosos”, disse.

Esta emissão será feita no dia em que os líderes da União Europeia se encontram em Bruxelas para trabalhar no plano de estabilidade do euro de 750 mil milhões de euros, que foi criado a pensar nas economias periféricas, como Portugal, Espanha e Grécia.

Ontem o prémio que os investidores exigiam para deter dívida espanhola em vez de alemã atingiu um máximo histórico, com o “spread” entre as obrigações da dívida soberana espanhola e alemã a saldar-se nos 222 pontos base, um novo máximo desde a fundação do euro. A impulsionar os juros da dívida espanhola esteve, ontem, a notícia do jornal “El Economista”, que dava conta de que Espanha teria pedido ajuda à União Europeia e ao FMI. Uma novidade que foi prontamente desmentida por Madrid e Bruxelas.

A procura de obrigações espanholas melhorou na última emissão de dívida, que teve lugar este mês e em que o país emitiu obrigações com maturidade de três anos. A emissão interrompeu a tendência de queda da procura de obrigações, ao fim de um ano em que a procura diminuiu.

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