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Trump anuncia tarifas sobre painéis solares e máquinas de lavar importadas

As taxas anunciadas na véspera do encontro de Davos serão de 30% sobre os painéis solares e de 50% sobre as máquinas de lavar importadas. A China alega que as novas tarifas vão piorar as relações de comércio internacional.

Donald Trump anunciou esta terça-feira uma tarifa de até 50% sobre painéis solares e máquinas de lavar importadas, naquele que está a ser considerado o primeiro grande passo proteccionista do presidente dos Estados Unidos.

As taxas serão de 30% no caso do equipamento solar produzido fora dos Estados Unidos, baixando gradualmente nos anos seguintes para 15%, e de 50% sobre as máquinas de lavar importadas, de acordo com a informação divulgada pela Bloomberg, que cita fontes oficiais.

O Governo português já reconheceu que a questão merece atenção.

Um dos analistas citado pela agência de notícias desvaloriza a decisão, anunciada quando Trump se prepara para viajar para Davos. Os investidores "estão habituados ao bluff the Trump". E "desde que a situação não se transforme numa guerra comercial de grande escala, o impacto nos mercados será limitado", afirma Qiu Zhicheng.

Para o economista-chefe da Bloomberg na Ásia, o anúncio feito na véspera de Davos é "surpreendente" mas ainda assim cai na categoria de "restrito". "A grande questão sobre tarifas americanas em 2018 é saber se as medidas vão ser restritas e dirigidas aa alguns sectores ou se vão ser suficientemente abrangentes para comprometer o crescimento global".

A tarifa sobre máquinas de lavar é uma "grande perda" para os trabalhadores e consumidores americanos, reagiu a Samsung Electronics.

O ministro do comércio sul-coreano, que considerou a decisão "excessiva" afirmou que o país vai entregar uma petição na Organização Mundial do Comércio fundamentada na imposição de direitos anti-dumping.

A China – que além de ser o maior produtor de painéis solares exportou mais de 21 milhões de máquinas de lavar entre Janeiro e Novembro – considerou que as medidas vão afectar o ambiente de comércio mundial e apelou à moderação de Trump.

Ainda assim, o resultado é considerado "melhor do que o esperado" pela maior produtora chinesa de painéis solares, a JunkoSolar. Os primeiros 2,5 gigawatts de células solares estão isentos de tarifas.

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