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Wall Street sem rumo depois de Trump anunciar tarifas às importações
Apesar do fim da paralisação de alguns serviços nos Estados Unidos ter sido ultrapassada, as principais praças bolsistas arrancaram a sessão sem uma tendência definida. O mercado está a digerir e a avaliar a decisão de Washington de aplicar tarifas às importações.
A sessão de ontem terminou em alta, depois dos índices terem tocado em novos máximos, com os investidores a aplaudirem o fim do "shutdown". Mas esta terça-feira, a sessão bolsista em Wall Street arrancou sem uma tendência definida.
O Dow Jones cede 0,07% para 26.195,10 pontos, o Nasdaq cresce 0,24% para 7.425,527 pontos e o S&P500 avança 0,03% para 2.833,82 pontos. Esta evolução bolsista tem lugar numa altura em que se sabe que os Estados Unido vão aplicar tarifas às importações.
Donald Trump anunciou esta terça-feira uma tarifa de até 50% sobre painéis solares e máquinas de lavar importadas, naquele que está a ser considerado o primeiro grande passo proteccionista do presidente dos Estados Unidos. As taxas serão de 30% no caso do equipamento solar produzido fora dos Estados Unidos, baixando gradualmente nos anos seguintes para 15%, e de 50% sobre as máquinas de lavar importadas.
Esta decisão de Donald Trump está a suscitar receios entre os investidores de que haja retaliações, escreve a Reuters. É que tanto a Coreia do Sul e da China já protestaram contra estas decisões. Embora, Seul não tenha esclarecido se vai responder à decisão norte-americana.
"Não sabemos se isto vai ser o início de algo maior ou se é alguma coisa que pode escalar para uma guerra comercial", disse à Reuters Art Hogan da B. Riley FBR. Além disso, acrescentou o chefe de estratégia de mercado, que esta decisão de aplicações de tarifas pode provocar um aumento dos receios de que os EUA deixem o NAFTA.
Entre as cotadas, destaque para a Netflix, que dispara 10,35% para 251,13 dólares, depois de ontem ter reportado ao mercado fechou o quarto trimestre fiscal com 8,33 milhões de novos subscritores, dois milhões acima do que era esperado pelo consenso em Wall Street.
O Facebook cresce 0,58% para 186,45 dólares. Nas últimas horas, a rede social disse que ia dar prioridade ao conteúdos pessoais em detrimento dos de empresas.
A Microsoft avança 0,35% para 91,93 dólares e a Apple cresce 0,43% para 177,755 euros.
Na banca, o JPMorgan cede 0,50% para 113,7534 dólares. O banco anunciou que vai investir 20 mil milhões para contratar e aumentar salários. O Goldman Sachs desce 1,68% para 257,115 dólares e o Morgan Stanley cede 0,49% para 57,08 dólares.