Notícia
Sucessão de falências de agências de viagens no Reino Unido
Kiss Flights é a terceira agência de viagens a falir no Reino Unido no espaço de um mês
18 de Agosto de 2010 às 14:25
Goldtrail. Sun4U. E agora a Kiss Flights: o ramo comercial da Flight Options Limited é a terceira agência de viagens a declarar bancarrota nas últimas semanas do corrente mês de Agosto, deixando 13.000 viajantes já em destinos como Turquia, Grécia ou no arquipélago espanhol das Canárias sem possibilidade de regresso. A Civil Aviation Authority (CAA, Autoridade de Aviação Civil em português) do Reino Unido está a tomar medidas para minimizar a situação dos passageiros que ficaram sem ’rede’ em países a centenas de quilómetros de casa.
Já quando a Goldtrail faliu, no passado dia 16 de Julho, a CAA expressou a sua surpresa pelo facto, dizendo que este tipo de situações é inclusive ‘inusitado’ em época alta. Agora, a Kiss Flights, que serviu de solução de recurso – por venderem sensivelmente pacotes para destinos semelhantes - para muitos daqueles que perderam a sua viagem na Goldtrail, levanta os braços e rende-se perante um mercado que teme novas falências durante o próximo Outono.
Neste momento, o programa de protecção da CAA abrange apenas 50% dos viajantes contra os 90% de há uma década atrás. Há quem peça uma reforma do ATOL (Air Travel Organisers’ Licensing, o organismo de licenciamento das agências de viagens, que sustém este programa), alegando que a lei que protege os viajantes não se adequa ao perfil de consumo de viagens actual, com o crescimento da compra de voos on-line e a venda de pacotes de viagens sem os tradicionais mecanismos de protecção do viajante.
A Ryanair, no estilo habitual da empresa de aviação, lançou uma oferta para todos aqueles que ficaram a meio das suas férias sem forma de regresso, estabelecendo uma tarifa fixa de 69 libras e rotas para o Reino Unido para todos aqueles prejudicados pela falência da Kiss Flights – oferta que inclui a ligação Faro-Londres.
Em Portugal, registou-se apenas um caso de falência de uma agência de viagens, a espanhola Marsans, que fechou abruptamente as portas, tendo sido declarada insolvente já em Agosto pelo Tribunal do Comércio de Lisboa.
