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Sócrates promete governo de «pessoas capazes» e atenção «à concertação social»

«Conseguimos», assim resumiu José Sócrates, os resultados eleitorais que garantiram, de acordo com secretário-geral do Partido Socialista, «uma vitória histórica». «Com esta vitória», afirmou, «cai o mito de que só a Direita poderia ambicionar uma maioria

21 de Fevereiro de 2005 às 00:48
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José Sócrates rejeitou ainda a ideia de que este resultado eleitoral seja apenas uma consequência do descontentamento face ao Governo. «Esta maioria não é apenas de protesto, é uma maioria para lançar um novo projecto para Portugal».

Em ambiente de festa e com a maioria absoluta garantida, os vários dirigentes do PS, incluindo Sócrates, mantiveram um discurso de optimismo, sem referência à necessidade de tomada de decisões políticas, e fugiram a qualquer indicação sobre a composição do futuro Governo.

«Cada coisa a seu tempo», respondeu Sócrates quando questionado sobre os nomes que virão a ocupar as pastas-chave no futuro Go­ver­no. «Há prazos constitucionais a cumprir, mas garanto que o PS está determinado a formar um bom governo,  com pessoas capazes e credíveis».

Em relação às prioridades imediatas do novo Governo, Sócrates limitou-se a indicar a primeira medida: «formar um programa de colocação em PME de  1000 jovens formados em tecnologia e gestão».

O secretário-geral do PS garantiu ainda que vai estar «muito atento à concertação social». «Não desprezaremos o parlamento, as oposições e os contributos que podem vir da sociedade civil».

No mesmo tom de optimismo, Pereira da Silva, na primeira declaração após o fecho das urnas encontrou uma explicação para a vitória socialista: «vencer o pessimismo, era isto que o País queria ouvir e foi isto que o PS disse ao País», afirmou.

Manuel Pinho, responsável pela coordenação do programa eleitoral do PS na área económica reconheceu, em declarações ao Jornal de Negócios, que «a maioria absoluta vai facilitar a tomada de decisões na área económica». O deputado eleito pelo círculo de Aveiro recusou, no entanto, a ideia de que possa, após a eleição, surgir um discurso mais pessimista por parte do PS . «É importante nesta fase fazermos um discurso pela positiva, pela solução, tal como fizemos sempre na campanha», afirmou, defendendo que «as pessoas sabem que há dificuldades». Manuel Pinho defendeu ainda que «a imprensa de Lisboa não está consciente dos esforços que estão a ser feitos em muitas empresas no centro e no norte do país, ao nível dos desafios da competitividade e dos postos de trabalho».

Seguindo a mesma estratégia do secretário-geral, todos os dirigentes preferiram a cautela quando questionados sobre a possibilidade de virem a fazer parte do futuro Governo socialista. «Não antecipemos problemas», afirmou António Costa, actualmente deputado do parlamento europeu.

Jorge Coelho, coordenador da campanha socialista nestas eleições lembrou que já esteve durante vários anos em governos de Portugal. «Já não tenho essa ambição», afirmou.

Em relação à composição do novo executivo, Jorge Coelho lembrou que «Sócrates prometeu energia nova e políticas novas, por isso acredito que vai com certeza injectar sangue novo no Governo».

António Vitorino, cuja chegada ao Hotel Altis constituiu o primeiro grande momento de entusiasmo da noite, afirmou que o «Governo de José Sócrates não será escolhido pela comunicação social, nem na comunicação social».

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