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Temos 45 simulações de devolução de rendimentos. Veja o seu caso

As medidas estão em vigor desde o início do ano e estão reflectidas na proposta de Orçamento do Estado para 2016. Veja as simulações da PwC sobre o seu impacto no rendimento líquido das famílias.

Negócios 10 de Fevereiro de 2016 às 16:17
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As oito medidas de reposição de rendimentos aprovadas pelo Governo afectam quase todas as famílias, mas, tal como o Negócios noticiou, umas mais do que outras. Para a maioria, os aumentos do rendimento líquido são pequenos, abaixo de 2%. Para várias minorias, há aumentos mais generosos: é o caso dos funcionários públicos, dos trabalhadores com salário mínimo e das famílias muito pobres. Veja agora em detalhe as simulações que a consultora PwC fez em exclusivo para o Negócios.

Nota: estas simulações referem-se aos rendimentos mensais e não anuais, pelo que dependem das tabelas de retenção na fonte existentes. Assim sendo, não é possível estimar o efeito da substituição do coeficiente familiar pela dedução fixa por filhos prevista no Orçamento do Estado e que tende a prejudicar as famílias com filhos que tenham rendimentos superiores a 1.900 euros (mas pode ver esses efeitos aqui e aqui). As simulações baseiam-se em pressupostos e simplificações indicados nas tabelas.


FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Foram o alvo predilecto das medidas de austeridade do anterior Governo e, por essa razão, são também os que mais ganham com a reversão dessas medidas. Quanto maiores os rendimentos, maior o efeito pois os cortes salarial eram progressivos e aplicáveis apenas a salários superiores a 1.500 euros. Por outro lado, a redução da sobretaxa beneficia sobretudo os rendimentos médios e menos os rendimentos mais elevados. Note-se que estas simulações da PwC ignoraram a reposição salarial que terá lugar ao longo do ano, considerando apenas o aumento relativo ao primeiro trimestre. Ou seja, em termos anuais, a recuperação remuneratória dos funcionários públicos será mais pronunciada. 

RENDIMENTOS MENSAIS DE 800 EUROS (1.600 POR CASAL)



RENDIMENTOS MENSAIS DE 1.600 EUROS (3.200 EUROS POR CASAL)





RENDIMENTOS MENSAIS DE 2.000 EUROS (4.000 EUROS POR CASAL)



RENDIMENTOS MENSAIS DE 3.000 EUROS (6.000 EUROS POR CASAL)



RENDIMENTOS MENSAIS DE 4.000 EUROS (8.000 EUROS POR CASAL)



PENSIONISTAS DA SEGURANÇA SOCIAL (CNP)

Todos os reformados vão ganhar rendimento em 2016. A maioria por via da redução da sobretaxa e os que têm pensões muito elevadas por intermédio do corte para metade da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES). Nestas tabelas, não estão incluídas as pensões mais baixas (inferiores a 600 euros) que beneficiam da actualização de de 0,4% ou que são reforçadas pelo Complemento Social de Inserção (CSI). 


TRABALHADORES DO SECTOR PRIVADO 

Os trabalhadores do sector privado são beneficiados essencialmente pela redução da sobretaxa de IRS, conclui-se da análise das simulações da PwC. Os salários médios ganham mais com isso do que os elevados, que terão uma diminuição da sobretaxa menos acentuada. Nestas tabelas não estão incluídos os salários mais baixos, designadamente aqueles trabalhadores que beneficiam do aumento da remuneração mínima de 505 para 530 euros. 

SEM FILHOS



COM UM FILHO



COM DOIS FILHOS


COM TRÊS FILHOS



APOIOS SOCIAIS PARA PENSIONISTAS

Os reformados com pensões mais baixas verão os seus rendimentos subir, mas será pouco. Primeiro porque a actualização anual das suas pensões será irrisória (0,4%), que depende da evolução do PIB e da inflação, depois porque a grande maioria não consegue beneficiar do RSI por não terem filhos a cargo. Assim, o aumento de rendimentos vem por via do Complemento Solidário de Idosos (CSI), que serve de reforço às pensões mais baixas. Note-se que nas tabelas, a linha que deve ser considerada para avaliar o valor de RSI recebido é a segunda e não a primeira. 


APOIOS SOCIAIS NO SECTOR PRIVADO

Grande parte das medidas do Governo destinam-se a famílias com baixos rendimentos. E aqui há dois grupos de grandes beneficiados: os trabalhadores com salário mínimo (veja-se as tabelas 3, 4, 5 e 6), nuns casos casais noutros agregados com um único titular, que vêem o seu vencimento subir quase 5%. Porém, dificilmente estas pessoas conseguem beneficiar do reforço de outras medidas sociais, a saber o reforço do Rendimento Social de Inserção e Abono de família que se dirigem a segmentos muito pobres. O segundo grupo de grandes beneficiados são as famílias muito pobres, em particular as monoparentais. Veja o caso da mulher ou homem que tem um rendimento mensal de 200 euros (um emprego em part-time por exemplo) e dois ou três filhos: o seu rendimento mensal sobe mais de 20%, mostram as simulações da PwC. Note-se que nas tabelas, a linha que deve ser considerada para avaliar o valor de RSI recebido é a segunda e não a primeira.  



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