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Sem óbitos por covid, mortalidade em fevereiro estaria abaixo da média
Nas semanas 6 e 7 de 2021, entre 8 e 21 de fevereiro, o número de óbitos em Portugal continuou a diminuir, revela o INE.
Entre 8 e 21 de fevereiro, o número de óbitos em Portugal continuou a trajetória descendente iniciada nas semanas anteriores. Segundo os dados publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas semanas 6 e 7 de 2021, registaram-se em Portugal, respetivamente, 3.349 e 2.824 óbitos, num total de 6.173 óbitos.
Face à média registada entre 2015 e 2019, o excesso de mortalidade foi de 696 na semana 6, ou 26,2%, e de 175 na semana 7, o equivalente a 6,6%. Na primeira semana em análise, de 8 a 14 de fevereiro, morreram 1.057 pessoas por covid, 31,6% do total, enquanto na semana seguinte o número de óbitos cifrou-se em 612, ou 21,7% do total de óbitos, valores que são superiores ao excesso de mortalidade.
Os dados indiciam que "excluindo os óbitos por COVID-19, a mortalidade registada nestas duas semanas situar-se-ia abaixo da média do período 2015-2019, situação que já se verificou nas semanas 4 e 5 de 2021", destaca o INE.
As regiões Norte, Centro e Área Metropolitana de Lisboa foram as que concentaram a maior parte dos óbitos deste período, com 82,4%. No que toca a óbitos por 100 mil habitantes, apenas o Alentejo (85,5), o Centro (70,5) e a Área Metropolitana de Lisboa (63,5) apresentaram valores superiores ao nível nacional (59,9).
Nestas duas semanas, 65,3% dos óbitos ocorreram em estabelecimento hospitalar e 74,3% corresponderam a pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos.
Nessa semana, Portugal registou mais 36% de óbitos que a média de 2016-2019, ficando em quarto lugar na tabela dos países com maior excesso de mortalidade. Na segunda semana de 2021, "Portugal tornou-se o país com maior excesso de mortalidade e assim se manteve nas semanas seguintes, atingindo a mais elevada sobremortalidade na semana 3 (18 a 24 de janeiro), com mais 80% de óbitos que a média de 2016-2019".