Notícia
Covid-19 e frio explicam quase toda a mortalidade excessiva em janeiro e fevereiro
As mortes relacionadas com a covid-19 e com o frio extremo explicam 94% das mortes em excesso registadas em Portugal nos dois primeiros meses deste ano.
Negócios
22 de Março de 2021 às 19:27
As mortes relacionadas com a covid-19 representaram "cerca de 76%" dos 11.985 óbitos em excesso registados entre 28 de dezembro do ano passado e 21 de fevereiro, sendo que na semana de 22 a 28 de fevereiro não foi observada mortalidade excessiva face à média para igual período nos últimos cinco anos, indica o último relatório do estado de emergência entregue esta segunda-feira pelo Governo ao Parlamento.
O frio extremo, por seu turno, foi a causa de "cerca de 18%" das mortes em excesso nos dois primeiros meses do ano.
Assim, a pandemia e as baixas temperaturas explicam a quase totalidade dos óbitos em excesso, sendo as causas apontadas para aproximadamente 94% da mortalidade excessiva.
"Em Portugal, foram identificados excessos na mortalidade por todas as causas entre as semanas 53/2020 (28 de dezembro a 3 de janeiro) e 07/2021 (15 a 21 de fevereiro)", nota o relatório.
"Neste período, estimaram-se 11.985 óbitos em excesso em Portugal. Deste modo, o excesso de mortalidade que se observou desde a semana 44/2020 totalizou um excesso de 15.779 óbitos. Este é o período de excesso de mortalidade mais longo (17 semanas) desde 1980 e com uma intensidade extraordinária, em especial durante o mês de janeiro", sublinha ainda o documento.
O frio extremo, por seu turno, foi a causa de "cerca de 18%" das mortes em excesso nos dois primeiros meses do ano.
"Em Portugal, foram identificados excessos na mortalidade por todas as causas entre as semanas 53/2020 (28 de dezembro a 3 de janeiro) e 07/2021 (15 a 21 de fevereiro)", nota o relatório.
"Neste período, estimaram-se 11.985 óbitos em excesso em Portugal. Deste modo, o excesso de mortalidade que se observou desde a semana 44/2020 totalizou um excesso de 15.779 óbitos. Este é o período de excesso de mortalidade mais longo (17 semanas) desde 1980 e com uma intensidade extraordinária, em especial durante o mês de janeiro", sublinha ainda o documento.