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Mortes em janeiro mais do que duplicaram em 59 concelhos. Veja no mapa como foi no seu
Portugal registou um excesso de mortalidade de 59% entre 4 e 31 de janeiro mas em 59 concelhos os óbitos mais do que duplicam a média para igual período nos últimos cinco anos. E em 11 municípios as mortes foram mais de três vezes superiores. Veja no mapa a situação no seu concelho.
Entre 4 e 31 de janeiro os óbitos registados em Portugal foram 59% superiores à média para igual período entre 2015 e 2019, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Apesar dos dados divulgados pelo INE constarem de uma nota intitulada "Indicadores de contexto para a pandemia COVID-19 em Portugal" deve-se assinalar que a pandemia não é a única responsável pelo excesso de mortalidade.
Conforme explicou ao Negócios Ana Paula Rodrigues, médica de saúde pública no departamento de epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge (INSA), o frio sentido em janeiro terá sido responsável por cerca de 24% do excesso de mortalidade, sendo que o INSA calcula o excesso de óbitos de forma diferente dos critérios utilizados pelo INE.
Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e no Alentejo o excesso de mortalidade ascendeu a 79%, enquanto no Centro foi de 67%. Com valores abaixo da média nacional surgem o Algarve (46%), Norte (39%) e Madeira (19%). Nos Açores verificou-se mesmo um decréscimo nos óbitos, que ficaram 7% abaixo do valor de referência.
Entre os 308 concelhos de Portugal há diferenças muito significativas na variação da mortalidade.
Mourão com quase seis vezes mais mortes do que o normal
O concelho alentejano de Mourão regista a subida mais expressiva face à média para igual período entre 2015 e 2019. Neste município com 2.450 habitantes, a mortalidade situou-se 477% acima do valor de referência, ou seja, quase seis vezes mais.
Há ainda mais três concelhos - Viana do Alentejo, Góis e Alcácer do Sal - onde os óbitos pelo menos quadruplicam a média dos últimos cinco anos.
Com mais do dobro das mortes surgem mais sete municípios.
Estas subidas mais pronunciadas são observadas em concelhos com pouca população, sendo os município mais populosos Alcácer do Sal, Arruda dos Vinhos e Montemor-o-Novo, todos com menos de 20 mil residentes.
Um em cada cinco concelhos viu mortalidade pelo menos duplicar
Em 59 municípios, o que representa 19,1% dos 308 concelhos de Portugal, a mortalidade pelo menos duplicou face ao valor médio dos últimos cinco anos.
Neste lote de concelhos surgem já alguns municípios com maior dimensão em termos populacionais, com destaque para Loures, com mais de 200 mil pessoas, Odivelas e Vila Franca de Xira, que têm mais de 140 mil habitantes, e Torres Vedras, Mafra e Palmela, todos com mais de 60 mil residentes.
Lisboa com mais 68% de mortes, Porto com mais 31%
Em termos das áreas metropolitanas, a região de Lisboa apresenta números bem piores do que a do Porto.
Dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Odivelas e Vila Franca de Xira mais do que duplicaram os óbitos, enquanto Amadora, Moita, Setúbal e Sintra registam subidas superiores a 90%.
O concelho de Lisboa, o mais populoso do país, regista um crescimento de 68% na mortalidade face à média.
Em termos do conjunto da AML, a mortalidade aumentou 79%.
Na Área Metropolitana do Porto (AMP), contudo, os aumentos nos óbitos são bem menores. O conjunto dos 17 municípios apresentam uma subida de 42%.
Apenas três concelhos - Espinho, São João da Madeira e Vila do Conde - registam uma subida nas mortes acima de 80% e em Arouca a mortalidade chegou mesmo a baixar 14% face aos valores de referência.
No concelho do Porto, a mortalidade aumentou 31%.
Há 33 concelhos onde mortalidade foi inferior à média
Mais de um décimo dos concelhos, mais exatamente 33, apresentaram um número de óbitos inferior à média observada no mesmo período nos últimos cinco anos. E noutros três as mortes registadas coincidem com o valor de referência de 2015 a 2019.
Oleiros regista a maior redução na mortalidade face à média, com uma quebra de 66%.
Seguem-se os muncípios de Angra do Heroísmo, Madalena e Ribeira Brava, todos nas regiões autónomas, com descidas de pelo menos 40%.
Entre os concelhos onde os óbitos baixaram, Ponta Delgada, com cerca de 68 mil habitantes, é o que tem maior população.
Apesar dos dados divulgados pelo INE constarem de uma nota intitulada "Indicadores de contexto para a pandemia COVID-19 em Portugal" deve-se assinalar que a pandemia não é a única responsável pelo excesso de mortalidade.
Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e no Alentejo o excesso de mortalidade ascendeu a 79%, enquanto no Centro foi de 67%. Com valores abaixo da média nacional surgem o Algarve (46%), Norte (39%) e Madeira (19%). Nos Açores verificou-se mesmo um decréscimo nos óbitos, que ficaram 7% abaixo do valor de referência.
Entre os 308 concelhos de Portugal há diferenças muito significativas na variação da mortalidade.
Mourão com quase seis vezes mais mortes do que o normal
O concelho alentejano de Mourão regista a subida mais expressiva face à média para igual período entre 2015 e 2019. Neste município com 2.450 habitantes, a mortalidade situou-se 477% acima do valor de referência, ou seja, quase seis vezes mais.
Há ainda mais três concelhos - Viana do Alentejo, Góis e Alcácer do Sal - onde os óbitos pelo menos quadruplicam a média dos últimos cinco anos.
Com mais do dobro das mortes surgem mais sete municípios.
Estas subidas mais pronunciadas são observadas em concelhos com pouca população, sendo os município mais populosos Alcácer do Sal, Arruda dos Vinhos e Montemor-o-Novo, todos com menos de 20 mil residentes.
Um em cada cinco concelhos viu mortalidade pelo menos duplicar
Em 59 municípios, o que representa 19,1% dos 308 concelhos de Portugal, a mortalidade pelo menos duplicou face ao valor médio dos últimos cinco anos.
Neste lote de concelhos surgem já alguns municípios com maior dimensão em termos populacionais, com destaque para Loures, com mais de 200 mil pessoas, Odivelas e Vila Franca de Xira, que têm mais de 140 mil habitantes, e Torres Vedras, Mafra e Palmela, todos com mais de 60 mil residentes.
Lisboa com mais 68% de mortes, Porto com mais 31%
Em termos das áreas metropolitanas, a região de Lisboa apresenta números bem piores do que a do Porto.
Dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Odivelas e Vila Franca de Xira mais do que duplicaram os óbitos, enquanto Amadora, Moita, Setúbal e Sintra registam subidas superiores a 90%.
O concelho de Lisboa, o mais populoso do país, regista um crescimento de 68% na mortalidade face à média.
Em termos do conjunto da AML, a mortalidade aumentou 79%.
Na Área Metropolitana do Porto (AMP), contudo, os aumentos nos óbitos são bem menores. O conjunto dos 17 municípios apresentam uma subida de 42%.
Apenas três concelhos - Espinho, São João da Madeira e Vila do Conde - registam uma subida nas mortes acima de 80% e em Arouca a mortalidade chegou mesmo a baixar 14% face aos valores de referência.
No concelho do Porto, a mortalidade aumentou 31%.
Há 33 concelhos onde mortalidade foi inferior à média
Mais de um décimo dos concelhos, mais exatamente 33, apresentaram um número de óbitos inferior à média observada no mesmo período nos últimos cinco anos. E noutros três as mortes registadas coincidem com o valor de referência de 2015 a 2019.
Oleiros regista a maior redução na mortalidade face à média, com uma quebra de 66%.
Seguem-se os muncípios de Angra do Heroísmo, Madalena e Ribeira Brava, todos nas regiões autónomas, com descidas de pelo menos 40%.
Entre os concelhos onde os óbitos baixaram, Ponta Delgada, com cerca de 68 mil habitantes, é o que tem maior população.