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Seis mil homens e 52 aviões combatem 150 fogos

"Estão 5.975 operacionais empenhados nos combates aos incêndios florestais em Portugal", afirmou José Manuel Moura, em declarações aos jornalistas no comando operacional da Protecção Civil

Carlos Barroso/CM
Negócios 11 de Agosto de 2016 às 18:44
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Cerca de 150 incêndios estavam activos em Portugal continental às 18:00 de hoje, sendo combatidos por perto de seis mil homens e 52 meios aéreos, disse o comandante nacional da Protecção Civil.

 

"Neste momento, estão 5.975 operacionais empenhados nos combates aos incêndios florestais em Portugal", afirmou José Manuel Moura, em declarações aos jornalistas no comando operacional da Protecção Civil, em Carnaxide, concelho de Oeiras.

 

José Manuel Moura adiantou que no combate às chamas também estavam envolvidos 52 meios aéreos, dos quais 47 são portugueses, a que se juntaram um avião 'canadair' italiano, dois marroquinos e dois espanhóis.

Dos mais de 150 incêndios activos, o comandante nacional referiu que 15 estão a merecer um "empenhamento especial", sendo o distrito de Aveiro aquele que se apresenta com "uma maior actividade e empenho operacional", nomeadamente os concelhos de Águeda, Arouca, Albergaria, Castelo de Paiva e Anadia.

 

"São cinco teatros de operações com um empenhamento operacional muito significativo", disse, sublinhando que em alguns locais os meios aéreos estão a sentir dificuldades em operar, devido ao fumo dos próprios incêndios.

 

"Mesmo agora tive de tirar um [meio aéreo] do distrito de Aveiro, onde está a fazer muita falta, mas que neste momento não pode operar aí", referiu.

 

José Manuel Moura destacou ainda os fogos que estão a ocorrer no distrito de Braga, nomeadamente em Viera do Minho e Vila Nova de Famalicão, e no distrito do Porto, no concelho de Paredes.

 

No distrito de Viana do Castelo, acrescentou, existem também três situações "muito preocupantes" - Vila Nova de Cerveira, Arcos e Caminha - que se prolongam no tempo desde há dois dias.

 

No distrito de Vila Real merece destaque, disse, o incêndio de Montalegre, e no distrito de Viseu, os fogos nos concelhos de Resende, Santa Comba Dão e Viseu.

 

Questionado se os meios aéreos que estão a operar em cada incêndio são suficientes, o comandante nacional da Protecção Civil respondeu que "cada teatro de operações tem a sua especificidade e não é uma mera soma aritmética".

 

Relativamente ao apoio europeu que está a ser dado a Portugal e interrogado se estava à espera de mais meios, José Manuel Moura lembrou que é "um operacional" e que tem de trabalhar com os meios que são colocados à sua disposição.

 

"Os meios que eu tenho são estes e é com estes que tenho de resolver este problema", sublinhou.

 

Quanto aos meios operacionais, o comandante nacional referiu que o dispositivo efectivo operacional é constituído por mais de nove mil homens, existindo ainda mais 30 mil voluntários, dos quais 29 mil bombeiros, que concorrem também para as rendições que estão a acontecer "na ordem das 24 horas".

 

"Onde se está a verificar uma maior dificuldade [de rendição] é nos corpos de bombeiros ou nos agentes em que é o seu concelho que está a ser afectado, ou seja, o concelho de Águeda, Arouca, Castelo de Paiva, aí a dificuldade é maior porque quase todos estão empenhados", afirmou.

 

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