Notícia
Governo cria grupo de trabalho para reformar a floresta
O Governo decidiu esta manhã criar um grupo de trabalho para a reforma da floresta. O grupo vai ser composto por elementos de sete ministérios diferentes e as decisões deverão ser tomadas depois de 30 de Setembro.
Ficou decidida, esta manhã, na reunião do Conselho de Ministros, a criação de um grupo de trabalho interministerial que vai preparar "um conjunto de medidas" para reformar as florestas. As medidas serão "discutidas e aprovadas" num "futuro Conselho de Ministros dedicado às florestas" que só se vai reunir "após o fim do período crítico" dos incêndios. O que significa que as medidas só serão aprovadas depois de 30 de Setembro.
De acordo com um comunicado enviado à imprensa pelo Ministério da Presidência, este grupo de trabalho será composto por elementos de sete ministérios: Finanças, Defesa Nacional, Administração Interna, Justiça, Economia, Ambiente e Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.
Entre as medidas a adoptar estão a aceleração da "conclusão do registo cadastral da propriedade rústica", o reforço do "ordenamento florestal", a dinamização das "zonas de intervenção florestal (ZIF´s) e outros modelos de exploração florestal", bem como a avaliação de "regimes de intervenção em património rústico privado abandonado ou sem dono".
O Governo pretende ainda "rever e aperfeiçoar o modelo de sapadores florestais" e incentivar "o uso de biomassa florestal, em especial, aquela proveniente de resíduos resultantes de limpezas, desbastes e desmatações". De acordo com o comunicado enviado pelo Ministério da Presidência, todas estas medidas fazem parte do Programa do Governo.
Prevenção de incêndios ficará resolvida "de uma vez por todas"
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou em Arouca que este grupo de trabalho vai "tratar, de uma vez por todas, da prevenção estrutural e de fazer a reforma da nossa floresta". Em declarações reproduzidas pela Lusa, a ministra disse ainda que a nossa prioridade "actual é combater estes incêndios e depois pensarmos a sério na reforma da nossa floresta".
O comunicado do Governo assinala ainda que, durante a reunião do Conselho de Ministros, a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, fez o "ponto de situação" das operações de combate aos incêndios em Portugal. Foi ainda "garantida a continuação da disponibilização de todos os meios de combate necessários a uma reacção imediata e eficaz" e foi "louvado o empenho, dedicação e eficiência de todos os que actuam no terreno e a solidariedade e espírito de entre-ajuda das populações afectadas".