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Incêndios: Costa acciona pré-alerta do mecanismo europeu de protecção civil

Perante as condições climatéricas adversas, com subida da temperatura e ventos fortes, o primeiro-ministro anunciou que o Governo decidiu accionar o mecanismo europeu de protecção civil que está agora em "pré-alerta".

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09 de Agosto de 2016 às 20:32
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Depois de uma reunião da Autoridade Nacional de Protecção Civil, em Carnaxide, que contou com os membros do Governo que tutelam a área florestal e a Administração Interna, o primeiro-ministro português alertou para as condições climatéricas "adversas" que se farão sentir no território nacional nos próximos dias.

 

E depois de confirmar que o Governo deu luz verde à ida de uma missão especial (bombeiros, GNR e INEM) para combater os fogos que assolam a região da Madeira, António Costa anunciou que o Executivo decidiu "accionar o pré-alerta para o mecanismo europeu de protecção civil".

 

Contudo, tendo em conta a actual limitada capacidade do mecanismo europeu devido aos incêndios que se fazem sentir noutros países, António Costa revelou que também está em pré-alerta o acordo bilateral com a Rússia que será accionado caso nos "próximos dias se justifique um accionamento efectivo".

 

O chefe do Governo fez questão de salientar aos jornalistas que estes pré-alertas não se justificam pela inexistência de meios suficientes, dado que "o dispositivo é sólido e robusto", mas devido "às situações climatéricas particularmente adversas" que se verificaram nos passados dias 6, 7 e 8 de Agosto.

 

"Isso ultrapassou aquilo que é a capacidade normal de resposta do dispositivo", admitiu Costa que recorda que o "mecanismo europeu é previsto para este tipo de situações anómalas".

 

E tendo em conta que a partir da madrugada de amanhã (durante 24 horas) serão sentidos "ventos muitos fortes, que podem ajudar a propagar incêndios" e que "sabemos que a partir de quinta-feira, e até segunda-feira, inclusive, teremos um aumento muito significativo da temperatura", António Costa alerta para os "riscos acrescidos" que exigem "particulares cuidados". Pelo que António Costa já vai admitindo que possa ser necessário recorrer a "meios extraordinários".

 

Costa quer reformar a floresta portuguesa

 

Perante os inúmeros incêndios que tomaram conta da paisagem nacional, tanto em Portugal Continente como na Madeira, o líder do Executivo pede às populações "particulares cuidados", designadamente no que concerne a "comportamentos de risco que não podem ter lugar junto à floresta", tais como fumar ou o lançamento de foguetes.

 

E mesmo considerando que o "comando único da protecção civil tem sabido responder a estas situações", António Costa defende que "não é possível manter a ilusão de que os incêndios se evitam combatendo-os. Evitam-se reformando a nossa floresta", atira.

 

Dez anos volvidos desde a "reforma da nossa floresta", Costa quer aprofundá-la criando uma "floresta mais resistente, sustentável, de uso múltiplo, que favoreça a criação de riqueza, ajude à fixação de populações e [promova a] defesa da floresta".

 

Essa é uma "prioridade política que consta do nosso programa de Governo" e a que "terá de ser dada execução tão rapidamente quanto possível", afiançou o primeiro-ministro que diz saber de antemão que esta resposta "exige grande mobilização do país".  

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