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Seguro afasta voto contra dos socialistas ao Tratado Orçamental

O secretário-geral do PS afastou a hipótese de os socialistas votarem contra o Tratado Orçamental da União Europeia e vincou perante os deputados que a condução política do partido cabe à Comissão Política Nacional.

05 de Abril de 2012 às 09:51
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Estas posições foram assumidas por António José Seguro na sua intervenção final na reunião com o Grupo Parlamentar do PS, que terminou já de madrugada, após cerca de cinco horas de encontro.


Num dos pontos considerados mais relevantes da sua intervenção, Seguro, citado por um deputado socialista, definiu o PS "como um partido responsável e europeu", razões que o levaram a excluir o voto contra o Tratado Orçamental da União Europeia.


Seguro disse mesmo ter a certeza que o PS, se estivesse no Governo, adoptaria este princípio perante o Tratado Orçamental da União Europeia, que impõe regras de disciplina financeira aos Estados-membros e é contestado pelo ex-Presidente da República Mário Soares e também pelo ex-candidato presidencial Manuel Alegre.

Perante os deputados, António José Seguro disse que participará em mais reuniões com o Grupo Parlamentar - esta foi a segunda vez em que esteve presente desde que assumiu a liderança - e aproveitou para frisar a quem cabe a coordenação política do PS: à Comissão Política Nacional.


De acordo com fontes da bancada socialista, Seguro disse ainda que assume toda a História do PS, incluindo os últimos seis anos (governos de José Sócrates), mas avisou que não é obrigado a aceitar tudo o que foi feito.


Numa linha diferente, o ex-ministro da Presidência Pedro Silva Pereira foi um dos deputados que defendeu a deputada independente Isabel Moreira, que quebrou a disciplina interna ao votar contra a proposta do Governo de revisão do Código de Trabalho, e considerou necessária "uma alteração climática" na direcção do Grupo Parlamentar.


Segundo um dos deputados presentes na reunião, Pedro Silva Pereira recusou a ideia de que há grupos organizados dentro do PS contra as direcções do partido e do Grupo Parlamentar e, em contraponto, advogou que há um défice de gestão na diversidade da bancada socialista.


Fontes socialistas referiram ainda que Pedro Silva Pereira considerou insuficiente a oposição feita pelo PS ao Governo e advertiu que a controvérsia em torno do passado (governos de José Sócrates) serve de tabu e enfraquece o combate ao executivo PSD/CDS.



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