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Sarkozy: "Vejam como está Espanha depois de sete anos de socialismo"

Na apresentação do seu programa eleitoral, Nicolas Sarkozy promete proteger a França da turbulência financeira, do terrorismo e da imigração descontrolada.

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Nicolas Sarkozy (na foto), na apresentação das propostas eleitorais para as próximas eleições presidenciais, lançou duras farpas ao anterior executivo espanhol, do PSOE. “Vejam como está Espanha depois de sete anos de socialismo”, afirmou, citado pelo “El Pais”.

Mas citar o caso espanhol serve um outro objectivo de maior alcance. Sarkozy quer diferenciar-se do seu principal rival nas eleições, François Hollande, do Partido Socialista francês. “A crise de confiança” que Espanha atravessa, sustenta Sarkozy, deve-se a “sete anos de socialismo”, segundo a mesma fonte.

Numa carta apresentada também hoje aos eleitores, com 32 páginas, e citada pela Bloomberg, o tom do discurso é idêntico. Sarkozy dramatiza o discurso dizendo mesmo que um abrandamento do cumprimento dos compromissos iria conduzir a França a uma situação idêntica à de Espanha.

Segundo a mesma fonte, a tónica dominante no discurso de apresentação das propostas eleitorais do candidato-presidente é o proteccionismo, com uma nuance de valorização do trabalho e das responsabilidades pessoais. A política externa da França, contudo, tem pouca expressão.

Assim, Nicolas Sarkozy garante ao seu povo proteger a França da turbulência financeira, do terrorismo e da imigração descontrolada. “Nos próximos cinco anos quero criar uma França que seja suficientemente forte para tomar o futuro nas suas mãos”, frisou.

“Neste novo mundo, se a França não se quiser submeter, tem de ser forte”, pode ler-se no documento que contém as 32 propostas eleitorais. “A França pode manter os seus valores, a sua identidade, o seu modo de vida. Mas se quisemos continuar nesta França que amamos, temos de reconstruir, redefinir e reinventar as nossas políticas”, acrescentou.

Na conferência de imprensa, Sarkozy sinalizou ainda que não pretende aumentar a contribuição do seu país para o orçamento da União Europeia o que, garantiu, permite ao Executivo poupar cerca de 600 milhões de euros.

“Não perco tempo” a olhar para sondagens, diz Sarkozy

Nicolas Sarkozy adquire uma postura despreocupada quanto ao facto de as sondagens lhe darem uma derrota na segunda volta das eleições presidenciais francesas, marcadas para 6 de Maio. “Não perco tempo”a olhar para as sondagens, disse.

“Conheço muito bem os franceses e conheço muito as sondagens”, sublinhou. Mas não se fica por aqui: “se alguém que fosse favorito para vencer as eleições presidenciais tivesse ganho, nós teríamos tido presidentes muito diferentes”.

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